Parte dos seguranças do Atakarejo, presos pela polícia durante operação policial que investiga a morte de tio e sobrinho por traficantes, em Salvador, já haviam entregue no ano passado ao tribunal do crime duas adolescentes também suspeitas de furtarem alimentos na unidade da rede de supermercado, localizada em Amaralina. A informação foi divulgada pela delegada responsável pelo caso, Zaira Pimentel, durante coletiva de imprensa nesta segunda (10).
O episódio veio à tona após o início da investigação que já prendeu sete pessoas envolvidas no crime, entre elas funcionários do supermercado e traficantes. As vítimas eram duas garotas. Não há informação, no entanto, se elas sobreviveram às sessões de tortura.
“Temos um outro inquérito de outras vítimas, em outubro do ano passado. Essa investigação está em curso e o que a gente conseguiu apurar é de que muitos dos seguranças que teriam participado dessa ação mais recente, também participaram do crime do ano passado”, disse a delegada.
A polícia também confirmou a informação de que tio e sobrinho estavam acompanhados de outras duas pessoas no momento em que chegaram ao supermercado. Uma delas ficou no estacionamento da rede, enquanto a outra entrou com as vítimas, mas conseguiu fugir do cerco dos seguranças logo após a dupla ter sido acusada de furto.
Caso
Os corpos de Bruno Barros da Silva, 29 anos, e seu sobrinho, Ian Barros da Silva, 19, foram deixados dentro do porta-malas de um carro na localidade da Polêmica, em Brotas, no dia 26 de maio deste ano.
Os dois, de acordo com a polícia, foram mortos no mesmo dia por traficantes do Complexo de Amaralina, após supostamente terem roubado carnes em uma unidade da rede de Supermercado Atakarejo, localizada em Amaralina. As vítimas, que foram encontradas com marcas de espancamento e tiros, foram entregues ao tribunal do crime por seguranças do estabelecimento.
B.News
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