O policial civil Ulysses Carlos Pourchet, de 45 anos Foto: Reprodução
O velório do policial civil Ulysses Carlos Pourchet, de 45 anos, está marcado para às 11h30 deste sábado, com velório previsto para as 14h, no Cemitério Jardim da Saudade de Paciência. O agente que era lotado na Delegacia do Aeroporto Internacional (Dairj), morreu na noite de quinta-feira, junto com sua mulher, Janaína Castro Souza Pourchet, de 44, no apartamento do casal no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) como feminicídio seguido de suicídio.
Ainda não se sabe o que motivou o crime. No entanto, o filho do casal, um menino de 12 anos, testemunhou o assassinato, tentou reanimar a mãe e chegou a pedir ajuda para o Corpo de Bombeiros para que Janaína fosse socorrida. Na última postagem em rede social, ela citou uma oração feita com o filho.
Janaína e Ulysses estavam casados há 15 anos. Em maio eles comemoraram bodas de cristal. Enquanto Janaína amava publicar fotos com o filho, dar dicas de educação financeira e de beleza; Ulysses era mais reservado nas redes sociais. Eles se casaram em 2006 e tinham apenas um filho. Em maio, o pai do agente morreu vítima de câncer.
Os agentes já ouviram duas testemunhas: o porteiro e um morador do prédio. Familiares do casal também devem prestar depoimento para os investigadores entenderem se o caso é um feminicídio seguido de suicídio. A arma do agente, uma pistola, foi apreendida por agentes da DHC. O apartamento foi periciado ainda na madrugada de sexta.
Na residência do casal existem câmeras de segurança. As imagens deverão ajudar nas investigações. Ulysses ocupava o cargo de comissário (chefe de investigações de uma delegacia).
Segundo informações dos PMs, a criança teria relatado que os pais haviam brigado minutos antes do crime. Após ouvir os primeiros disparos, o menino correu até um vizinho, pediu ajuda e logo em seguida teria alertado os bombeiros da morte.
No ano passado, Pourchet foi acusado e denunciado à Justiça por ter ameaçado moradores do condomínio onde ele morava com a família.
A advogada Letícia Souza, de 39 anos, cunhada de Janaína, disse que toda a família foi pega de surpresa com o crime. Casada com um dos irmãos de Janaína, ela afirmou que o relacionamento tinha brigas. Mas "eles eram felizes".
— A gente sabia das brigas. Era um casamento de altos e baixos, mas nunca houve relato de agressão. (Ela) era uma mulher feliz, alegre, de Deus, boa mãe, boa esposa, (uma pessoa) de luz. (O que aconteceu pegou todo mundo) no susto — disse Letícia. — Era um casamento estável como todo casamento. Tinha altos e baixos, mas era um casamento feliz — completou.
Extra o Globo
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