O Sindicato dos Rodoviários da Bahia realizou um protesto, nesta terça-feira, 29, para cobrar uma resposta da justiça às mortes do ex-tesoureiro da entidade, Paulo Colombiano, e da esposa dele, Catarina Galindo, assassinados há 11 anos.
Os rodoviários se reuniram em frente ao Fórum Ruy Barbosa, no bairro de Nazaré, em Salvador, e criticaram "a lentidão" da Justiça em marcar a data de julgamento do crime.
O processo ainda não foi concluído e os envolvidos nos assassinatos dos dois rodoviários aguardam julgamento em liberdade.
Em nota, o sindicato cobrou um posicionamento sobre o caso.
“A morte do companheiro Paulo Colombiano e Catarina Galindo completa hoje o décimo primeiro ano de impunidade e morosidade por parte da justiça do país na aplicação de penas para os mandantes e executores do casal.”, diz o Sindicato, em nota.
“Toda essa lentidão se dá pelos inúmeros recursos que garantem aos assassinos desfrutarem de liberdade mesmo após ceifarem a vida de duas pessoas de forma premeditada. Privilégio gozado apenas por aqueles que detêm recursos financeiros para se esquivar da reclusão prevista para quem comete crimes dessa natureza”, prossegue a nota.
Paulo Colombiano e Catarina Galindo foram mortos depois que o ex-tesoureiro descobriu irregularidades no contrato com a empresa de plano de saúde do sindicato, a Mastermed. Antes de ser assassinado, Colombiano sugeriu rever o contrato do plano, de propriedade dos acusados de mandar matar o casal.
Os principais acusados pela morte do casal são os irmãos Claudemiro César Ferreira Santana e Cássio Antônio Santana. De acordo com o inquérito da Polícia Civil e da tese confirmada pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), eles foram os mandantes do crime.
Também são acusados pelos assassinatos outros três homens, que foram identificados como executores do crime: Edilson Duarte de Araújo, Adailton de Jesus e Wagner Luiz Lopes. Os cinco chegaram a ser presos em 2012, mas depois foram liberados.
“Que a nossa luta de cobrar justiça pelas mortes de Paulo Colombiano e Catarina Galindo ao longo desses 11 anos não seja em vão e que os acusados possam pagar pelos crimes cometidos contra o casal que lutava por dias melhores para a classe trabalhadora do nosso estado.”, diz o sindicato em nota.
A Tarde
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