Cinco pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO), após conclusão das investigações relacionadas à rede de apoio dada ao fugitivo Lázaro Barbosa Souza, 32 anos, o "serial killer" baiano. Lázaro foi morto no dia 28 de junho de 2021, depois de ser acusado de matar quatro pessoas de uma mesma família. A operação de captura do baiano durou 15 dias e mobilizou mais de 270 agentes de Goiás, Distrito Federal e das forças de segurança federais.
Os 13 inquéritos policiais instaurados foram concluídos e remetidos ao Poder Judiciários. As cinco pessoas indiciadas são suspeitas de ter favorecido a fuga de Lázaro. Entre elas, um fazendeiro da cidade, o caseiro da propriedade rural, a então esposa de Lázaro, a ex-companheira e a ex-sogra do indivíduo.
“Os elementos de prova colhidos no bojo do inquérito indicaram que eles, de fato, prestaram auxílio para que ele [Lázaro] não fosse capturado pelas forças policiais, tanto prestando informações, dando guarita - inclusive alimentação, levando ele para esconderijos e, sobretudo, iriam propiciar a fuga definitiva dele, que foi impedida pela captura”, explicou o titular da 17º Delegacia Regional da Polícia Civil de Goiás, delegado Cléber Martins.
Conforme a PC, um dos principais alvos do trabalho investigativo foi Elmi Caetano Evangelista, de 73 anos, preso no dia 24 de junho no distrito de Girassol. Segundo a apuração, o fazendeiro teria auxiliado o fugitivo, dando abrigo e comida. Teria ainda proibido que a força-tarefa entrasse em sua propriedade para a realização de buscas. Além do auxílio na fuga de Lázaro, ele foi ainda autuado em flagrante e indiciado por posse irregular de duas armas de fogo.
Na investigação, a polícia concluiu que as mulheres indiciadas tiveram contato com o fugitivo durante a perseguição e não fizeram denúncia. Elas foram indiciadas pelo crime previsto no artigo 348 do Código Penal, que qualifica como crime o auxílio a suspeito para que fuja de ação policial. Se condenadas, podem pegar de um a seis meses de prisão e multa. “Ainda está sendo apurada [a participação] de outras pessoas. Nada impede que, surgindo provas, sejam instaurados devidos procedimentos”, reforçou o delegado Martins.
Ainda, segundo o titular da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO), odney Miranda, a Polícia Civil avalia agora solicitar à Justiça o sequestro da propriedade rural do fazendeiro denunciado. “Nós estamos estudando [essa possibilidade] para que, com a futura venda dessa propriedade, possamos amortizar o gasto feito para a captura dele [Lázaro], visto que, ao escondê-lo lá, ele atrasou em pelo menos uma semana a operação”, informou o chefe da pasta.
Aratu
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