Congressistas reagem a manifestações das Forças Armadas contra CPI

Fachada do Congresso Nacional. Foto tirada em 7 de janeiro de 2019

A escalada no tom de comandantes das Forças Armadas diante do avanço da CPI da Pandemia gerou uma reação em setores do Congresso e da política, com presidentes de partidos de centro pregando articulação pró-democracia e contra qualquer ameaça de autoritarismo.

Na última terça, o Ministério da Defesa e os comandantes das três armas divulgaram nota dizendo não tolerar acusações contra as instituições. Nesta quinta, o comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior, disse em entrevista ao jornal O Globo que há incômodo com o tratamento da CPI ao general Eduardo Pazuello e ao ex-braço direito dele no Ministério da Saúde, o coronel Elcio Franco.

 

A entrevista escandalizou políticos de diversos grupos. O ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (sem partido-RJ) decidiu vocalizar o incômodo. “Esse comandante da Aeronáutica passou de todos os limites. E se as Forças Armadas estiverem atentas aos seus deveres ele deveria ser afastado.”

Nesta manhã, o relator da CPI da Pandemia, senador Renan Calheiros (MDB-AL), também externou seu incômodo. Ele pediu o apoio dos presidentes da Câmara e do Senado aos trabalhos da comissão. “Nós não podemos ter medo de arreganhos, de ameaças, de intimidações, de quarteladas. Nós vamos investigar.”

O relator da CPI explicitou que não são instituições, mas pessoas que ocuparam cargos públicos em um governo civil que estão tendo suas condutas apuradas. “Temos responsabilidade. Apuraremos o que houve nos porões do Ministério da Saúde.”

CNN

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