O dono da arma de fogo que matou a adolescente Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, em 12 de julho de 2020, teve a pena extinta na sexta-feira (23/7) após cumprir o acordo de R$ 40 mil com a Justiça.
A garota foi morta com um tiro de pistola 380 que atingiu o seu rosto, o rosto efetuado pela própria amiga, em um condomínio de luxo em Cuiabá quando havia sido convidada para preparar um bolo. A arma utilizada no crime pertence ao pai do namorado da autora, que adiantou o pagamento que motivou a decisão da extinção da pena.
O homem e o filho dele, responsável pela presença da arma na casa onde tudo aconteceu no dia da morte, também foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE). Com o pagamento a pena foi extinta e a arma pode retornar ao homem.
Inicialmente a adolescente apontada como autora do crime disse que foi tiro acidental, mas a investigação concluiu que a versão apresentada por ela, no decorrer do inquérito, era incompatível com o que aconteceu no dia da morte e que a conduta da suspeita foi dolosa.
O laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que a pessoa que matou Isabele estava com a arma apontada para o rosto da vítima, a uma distância que pode variar entre 20 e 30 cm, e a 1,44 m de altura. Diante dos fatos a amiga da menina foi sentenciada a três anos por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar, e qualificado.
Na decisão, a juíza Cristiane Padim da Silva disse que a garota agiu com “frieza, hostilidade, desamor e desumanidade”. Ela está internada em uma unidade socioeducativa desde 20 de janeiro.
Aratu
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