A seleção brasileira de futebol masculino empatou por 0 a 0 com a Costa do Marfim, neste domingo (25), na segunda rodada da competição nas Olimpíadas de 2020.
O nível da exibição brasileira na estreia contra a Alemanha elevou as expectativas, mas uma expulsão logo aos 15 minutos comprometeu a performance da equipe de André Jardine em Yokohama.
O resultado deixa o Brasil temporariamente em primeiro do grupo G, empatado em pontos com a própria Costa do Marfim.
A expulsão do volante Douglas Luiz aconteceu em um contragolpe marfinense. A infração, sem violência, foi revisada pelo VAR, que enxergou a oportunidade clara de gol para recomendar a mudança na cor do cartão – Douglas recebeu primeiro o amarelo.
Até aquele momento, o Brasil mostrava intenção de repetir o desempenho ofensivo da estreia. Não foi possível com um a menos. A posse de bola até o intervalo foi dividida, 50% para cada lado, mesmo com a vantagem numérica marfinense, que tampouco criou oportunidades de gol em sequência ou encurralou a equipe brasileira.
Franck Kessié, do Milan, o mais badalado atleta da Costa do Marfim, deu trabalho iniciando jogadas e aparecendo no lado esquerdo do ataque. O duelo, no entanto, ficou em um estado de equilíbrio travado.
Para a etapa final, Jardine não trocou jogadores, mas, sim, a orientação de seus comandados. Explorou a inteligência tática de Dani Alves, que, pela lateral direita, apareceu mais por dentro, e fez o mesmo com Claudinho, antes aberto pela esquerda. A movimentação aumentou com a bola no pé, Antony apareceu um pouco mais e o Brasil equilibrou de vez o duelo.
Bruno Guimarães, sobrecarregado, foi um destaque positivo que ajuda a explicar as ideias do treinador brasileiro. Jardine não recuou a equipe nem quando vencia a Alemanha, nem quando atuava com um a menos neste domingo.
Eboue, da Costa do Marfim, foi expulso aos 35 minutos do segundo tempo, e, em igualdade numérica, o Brasil apostou com mais ímpeto na vitória – que não chegou –, mas indicou uma equipe que não se contentou com o empate.
Pelas circunstâncias, porém, o 0x0 não é um resultado que pesa nas costas dos brasileiros. Na quarta-feira (28), o Brasil fecha a primeira fase contra a Arábia Saudita, em busca do primeiro lugar do grupo. A Costa do Marfim enfrenta a Alemanha.
Gignac e sua tarde histórica olímpica
Também neste domingo, a França enfrentou a África do Sul e esteve muito perto de uma derrota que poderia significar a eliminação olímpica.
Por três vezes os sul-africanos estiveram na frente do marcador, mas o segundo tempo, que rendeu todos os sete gols da partida, foi o período de consagração olímpica de Gignac, que marcou 3 vezes e deu o passe que acabou no gol de Savanier, o da vitória, aos 47 do segundo tempo.
Não significa que o time francês fez um bom jogo e tenha se apresentado à altura de sua tradição. Ao contrário, foi uma exibição tão lenta e burocrática quanto na estreia diante do México, sobretudo no primeiro tempo, que acabou 0x0 apesar das 10 finalizações do time africano.
A espetacular jornada de Gignac coloca a França com 3 pontos, dependendo de um embate contra o Japão para se classificar. São as duas seleções, mais o México, que negociarão em campo as duas vagas do grupo.
Argentina, econômica, reage e fica viva
Com a obrigação de ganhar, e sem precisar se preocupar cem encantar a torcida, a Argentina lutou duro para vencer pelo placar mínimo, 1x0, o Egito. Fernando Batista, técnico argentino, fez três trocas em relação ao time da estreia.
O zagueiro Facundo Medina, do Lens, acabou se tornando o nome da partida, pela boa atuação na retaguarda e pelo gol da vitória, marcado aos 7 da etapa final em rebote do próprio cabeceio, que bateu na trave no lance anterior.
Foram os 3 pontos necessários para seguir viva na competição. A atuação em si, foi rica em posse de bola, mas pobre, outra vez, em criatividade.
CNN
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