Em discurso neste final se semana durante Encontro da Cultura realizado em São Paulo, o ex-
Em discurso neste final se semana durante Encontro da Cultura realizado em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a participação de militares na política.
Para o líder petista, os militares não devem ficar procurando “inimigos internos”, mas sim proteger a soberania do país e combater inimigos externos.
“Vocês têm que tomar conta da nossa fronteira, dos 17 mil quilômetros de fronteira seca e 8 mil quilômetros de fronteira marítima. Não tem que ficar se metendo na política interna”, criticou.
O ex-mandatário, que lidera as intenções de votos para presidente nas eleições de 2022, criticou ainda como os militares se expressam ao falar sobre política e disse que no seu governo não via isso.
“Aonde essa gente estava escondida que nós não vimos? Nunca vi o despertar de tanto miliciano. Eu fui presidente oito anos. Eu convivi com militares, o Haddad conviveu com militares, a gente não sabia que tinha gente que ficava falando merda todo dia”, disse.
Sem citar nomes, Lula recordou de um militar que queria depor à CPI da Covid no Senado de farda. O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello foi aconselhado a não ir fardado à Comissão no Senado.
“Um dia desses eu vi um general falar o seguinte: ‘Ah, eu vou na CPI, mas eu vou de farda’, achando que a farda impõe respeito. Não é a farda que impõe respeito, é o seu caráter. É o seu comportamento profissional. Você está no Exército para garantir a soberania do seu país, para proteger o povo brasileiro com relação a inimigos externos e não ficar procurando inimigos internos”, concluiu a acusar o presidente Jair Bolsonaro estar “próximo do fascismo”.
A Tarde
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