A liga de futebol americano (NFL) multou nesta quinta-feira, 1º, em 10 milhões de dólares o Washington Football Team, após uma investigação encontrar evidências de assédio sexual e moral contra funcionárias e de intimidação dentro da franquia.
O comissário da NFL, Roger Goodell, informou em comunicado que os investigadores descreveram o ambiente de trabalho na equipe como "muito pouco profissional, tanto no geral quanto para as mulheres".
"O assédio moral e a intimidação ocorriam com frequência, e muitos a descreveram como uma cultura do medo", diz o texto. "Várias funcionárias reportaram terem sido vítimas de assédio sexual e de falta de respeito no local de trabalho."
Os investigadores constataram que os donos e executivos da equipe deram pouca ou nenhuma atenção ao problema, e, em alguns casos, incorreram em condutas inadequadas. "Isso deu o tom da organização e levou os principais executivos a acreditar que o comportamento desrespeitoso e a má conduta mais grave eram aceitáveis", aponta o texto.
A advogada independente Beth Wilkinson foi encarregada pela equipe de Washington, em julho de 2020, de investigar a cultura trabalhista da organização. A NFL assumiu a supervisão da pesquisa antes do começo da temporada 2020.
A investigação foi motivada por revelações de 15 ex-funcionárias que afirmaram ter sofrido assédio sexual durante sua permanência na equipe. Segundo a NFL, nenhum dos gerentes e executivos envolvidos em má conduta permanecem no clube.
O valor da multa será doado a organizações que promovem iniciativas contra o assédio e por uma cultura trabalhista melhor, principalmente para as mulheres e minorias.
A tarde
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