Em meados de 2013 um grupo de prefeitos baianos, mais de 300, invadiu Brasília vestido com coletes pretos e a inscrição: SOS Municípios. Chamou a atenção e produziu resultados.
O grupo, comandado por Maria Quitéria, então prefeita de Cardeal da Silva e presidente da UPB, foi ouvido na Câmara, bolou-se a PEC 84, que agora produz o seu primeiro resultado: reajuste anual de 1%, a fatia da Bahia é de R$ 466 milhões.
Salvador, é óbvio, com a maior população, recebe mais, algo em torno de R$ 39,142 milhões. Um município mediano, como Irecê, com quase 80 mil habitantes, fica com quase R$ 2 milhões, ou exatos R$ 1,978 milhão. E os 74 chamados 0.6, os menores, com menos de 10 mil habitantes, ficam com R$ 456 mil cada.
Sangria — Zé Cocá (PP), prefeito de Jequié e presidente atual da UPB, diz que os prefeitos querem mesmo é a repactuação do Pacto Federativo, mas, como isso não entra em pauta, lutam pelo reajuste da participação municipal no bolo, pulando o FPM de 22,5% para 24,5% do FPM, que é formado pela arrecadação do IR e do IPI.
– Temos uma enorme agenda para corrigir as distorções. Uma das mais gritantes é a dos sequestros do INSS, feitos sobre repasses do FPM. Não tem quem se planeje.
Prefeitos em geral dizem que a ideia de que as prefeituras estão forradas de grana na pandemia não é bem assim. Uma caixa de luvas, que era R$ 15, há quem peça até R$ 250.
Em maio, o varejo na Bahia vendeu mais que no Brasil
A Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) realizada pelo IBGE ontem divulgada revelou um detalhe curioso: as vendas do comércio varejista registraram crescimento em maio de 29,4% contra 16% da média de todo o país.
Outro bom sinal: o crescimento baiano em relação a abril foi de 2,9%, a média nacional menor, de 1,4%.
Técnicos da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), órgão da Secretaria de Planejamento que analisa tais dados, dizem que maio é considerado pelo comércio como a segunda melhor data para vendas, especialmente por conta do Dia das Mães.
Segundo João Leão, secretário do Planejamento, a volta do auxílio emergencial e o avanço da imunização ajudaram muito.
– O Caged aponta que também seguimos líder na geração de empregos. Foram 10 mil novos postos com carteira assinada em maio.
Alden resolve ir para briga
A ida do deputado Capitão Alden para depor ontem no Conselho de Ética da Alba mostrou um sinal claro: ao invés de desculpar-se, como fez de início, resolveu partir para a briga.
O advogado de Alden, Balbino Prazeres, disse que o processo era nulo, porque quando Alden falou que os deputados da oposição recebiam R$ 1,6 milhão da prefeitura de Salvador, não citou nomes. Deputados dizem que assim fica pior. Ele generalizou. É quase certo que Alden será punido.
Café Bourbon, ‘senadinho’, não tem mais Robespierre
O Café Bourbon, no Shopping Barra, ponto de encontro de notáveis da vida baiana em geral e Salvador em particular, não vai ter mais o piloto de sempre.
O Bourbon sofreu muito com a pandemia. A clientela, a grande maioria de idosos, sumiu. E ontem, o anfitrião dos momentos de longas e descontraídas conversas sobre passado, presente e futuro, Antônio Robespierre, reuniu alguns amigos para comunicar que está tirando o time. Não vai fechar, apenas vendeu. Disse que conseguiu com os novos donos a palavra de que os funcionários serão mantidos. A jornalista Olívia Soares, frequentadora do pedaço, diz que apenas é menos mau.
– Os funcionários fazem parte, é claro. Mas a presença do anfitrião é importante.
REGISTROS
Novohotel vem aí
Fechado desde o primeiro trimestre do ano passado para ampla reforma, o antigo Hotel Transamérica, ou Golden Tulip, no Rio Vermelho, vai voltar a cena de cara nova e nome novo: Novohotel. Hoje, dirigentes da Rede Accor Hotels e da parceira BHG se reúnem para tratar da reabertura, prevista para setembro.
O Pestana também
E já que estamos falando de hotéis, o Pestana, o antigo Meridien, também no Rio Vermelho, está na mira da Radisson Hotels Brasil, que opera várias bandeiras de luxo no Nordeste, já em Maceió e Recife.
Improbidade em pauta
A Associação dos Procuradores do Estado da Bahia (Apeb) soltou nota de repúdio contra as mudanças na Lei de Improbidade. Acha que estimula a corrupção. Mas os prefeitos estão adorando. Dizem não ser justas condenações quando não há dolo do gestor.
Eduardo Abreu
Eduardo Abreu, por mais de 20 anos juiz da Vara Cível de Itaparica, que na semana passada enlutou a magistratura baiana como mais uma vítima da Covid, aos 61 anos, ano passado presidiu as eleições em Valença e Cairu. Dizem que por onde ele andou deixou a moral de gente idônea.
A tarde
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