Da Redação
Na
próxima segunda-feira (19), a Justiça Militar vai ouvir o sargento
Jairo Stenio da Silva Souza, de 45 anos, acusado por três estupros, um
estupro de vulnerável, de uma criança de oito anos, e uma importunação
sexual. As informações são do colunista Josmar Jozino, do UOL.
De
acordo com a Corregedoria da Polícia Militar, os crimes aconteceram nos
dias 18 de janeiro, 11 e 16 de junho de 2020, data em que foi decretada
sua prisão preventiva. O suspeito está preso no Presídio Militar Romão
Gomes, na Águia Fria, na zona norte de São Paulo.
Em
relação ao caso de estupro da criança de oito anos, a Corregedoria da
PM-SP apurou que, em 7 de junho do ano passado, Stenio participava de
uma operação na zona sul de São Paulo, quando um casal de irmãos, um
garoto de 13 anos e uma menina de oito, acompanhava a ação.
Segundo
o MP-SP, Stenio ofereceu cesta básica aos pais dos menores e prometeu
ajudá-los. Ele foi à casa da família nos dias 9 e 10 de junho. De acordo
com a reportagem, ele levou bolo, pão e uma cesta básica para
conquistar a confiança dos moradores.
No
dia 11, ele retornou ao local, desta vez em trajes civis, em um horário
em que os pais dos menores já haviam saído para trabalhar. Ele pediu
para que o menino fechasse o portão da residência e tampasse a placa do
veículo com um pano.
Quando
o garoto voltou, flagrou o policial abusando sexualmente da irmã. Ele
teria dito à menina que os dois eram namorados, e pedido para que ela
não contasse nada a ninguém. Mas as crianças contaram aos pais o que
havia acontecido.
A
família teve medo de denunciar o crime à polícia, mas decidiu por
fazê-lo após o cachorro da família ter morrido de forma suspeita no dia
14 de junho.
Ainda
de acordo com a reportagem do UOL, a audiência da próxima segunda é
sobre a importunação sexual contra uma mulher de 26 anos, que havia
procurado a 2ª Companhia do 50ª Batalhão para reclamar do marido que a
agredia.
Stenio
teria atendido a jovem, mas se aproveitado de sua fragilidade emocional
pedindo para abraçá-la, alegando confortá-la, e depois pegando o número
de seu celular, por onde passou a assediá-la. Ela denunciou o caso à
Corregedoria da PM.
Os
outros três casos de estupro aconteceram no mesmo dia, em 18 de janeiro
de 2020. Em um deles, Stenio abordou uma jovem de 20 anos em um ponto
de ônibus, a levou para um local ermo, a beijou e a apalpou à força.
Ainda
no mesmo dia, já durante o trabalho, ele atendeu a uma ocorrência de
violência doméstica com outros policiais. Eles expulsaram o dono da
casa, e Stenio pediu para os outros PMs retornarem ao batalhão, pois ele
queria conversar a sós com a vítima.
Segundo
a reportagem do UOL, a Corregedoria da PM diz que o sargento agarrou
uma menina de 14 anos e também tentou beijá-la à força. Logo depois,
levou sua mãe, de 35 anos, para a cama e a violentou.
Ele foi denunciado à Justiça em todos os casos e é réu nos processos.
Fonte: Istoé
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