Por: Reprodução/Redes sociais Por: Beatriz Araújo
Cerca
de três anos após o desaparecimento de Danielle Silva Oliveira, de 23
anos, vista pela última vez no dia 25 de abril de 2018, no município de
Serrolândia, no interior da Bahia, a polícia ainda não tem informações
sobre o paradeiro da jovem. O caso foi registrado no dia 30 de abril do
mesmo ano na Delegacia Territorial (DT) da cidade pelo pai da vítima.
Na
época, o sumiço da jovem mobilizou a população do município que chegou a
realizar uma manifestação nas ruas para intensificar as buscas por
Danielle.
Chamou
a atenção ainda o fato de a mulher, pouco tempo antes do seu
desaparecimento, no dia 8 de fevereiro, ter registrado uma ocorrência
contra o companheiro por ameaça e agressão. Ainda de acordo com a
Polícia Civil, a vítima retornou à delegacia no dia 20 do mesmo mês para
repetir a queixa. O casal teve uma filha e era responsável por uma
academia de ginástica, que na época tinha acabado de ser vendida.
Após
o sumiço da jovem, o pai de Danielle, Djean Oliveira, informou, em
entrevista ao BNews, que apenas o companheiro da jovem poderia informar o
seu paradeiro. "A esperança da gente é que esteja viva, mas pelo que a
gente está vendo é sinal que está morta", afirmou Djean na época.
Ainda
de acordo com o pai da vítima, Danielle sumiu numa quarta-feira e o
companheiro dela só comunicou o seu desaparecimento à família no
domingo. Além disso, quando as suspeitas começaram a recair sobre ele, o
homem desapareceu. "Ele fugiu, avisou pra gente cinco dias depois que
ela sumiu, só prendendo ele pra ver o que diz", relatou Djean.
Seis
dias após o sumiço de Danielle, o pai da jovem esteve na casa do casal e
foi informado pelo genro de que a mesma teria deixado a filha, de 4
anos, na casa de uma vizinha, pegado uma bolsa, e fugido em um carro com
outro homem.
Contudo,
para o delegado de Serrolândia, César Romero, a história da fuga de
Danielle com outro homem não fazia sentido e poderia se tratar de uma
versão criada pelo homem para utilizar como defesa. "Não tem nenhuma
possibilidade disso ter acontecido, não tem nenhum testemunho afirmando
isso a não ser uma vizinha, que flagrantemente está mentindo e omitindo
informações. Ela prestou um testemunho contraditório, que é
contraditório, inclusive, com o companheiro [da vítima]", informou à
reportagem.
Na
ocasião, Romero já trabalhava com a hipótese de feminicídio e relatou
que durante uma busca e apreensão na casa do casal foram encontrados
vestígios de sangue no local. "O material foi coletado e encaminhado
para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Salvador, mas tudo
sugere, até a própria fuga do rapaz, que tenha havido homicídio
realmente", contou.
Uma
medida protetiva de urgência para a vítima chegou a ser solicitada ao
Ministério Público (MP), para onde o inquérito foi encaminhado.
Familiares e amigos de Danielle também foram ouvidos nas investigações
para apurar o seu desaparecimento.
Procurada
pela reportagem, a Polícia Civil informou que, até o presente momento, o
corpo de Danielle não foi encontrado. Já o suspeito, que teve prisão
preventiva decretada, segue foragido da polícia.
“A
16ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Itabuna)
concluiu o inquérito e remeteu à Justiça, com indiciamento do suspeito
por feminicídio. Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e
está sendo procurado. O corpo da mulher não foi localizado”, afirmou a
PC ao BNews.
Fonte: BNews
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