Cerca de 50 sítios arqueológicos foram identificados durante as obras do
Conjunto Eólico Campo Largo 2, em implantação pela empresa Engie nos
municípios de Umburanas e Sento Sé, na Bahia.
A empresa
adotou diversas medidas para garantir a proteção e preservação do
patrimônio arqueológico, cultural e histórico do local, a partir de um
programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico.
Durante a
execução dos trabalhos, as equipes encontraram, além de pinturas
rupestres, artefatos líticos- ferramentas feitas de pedra, como machados
e outros instrumentos para moer e cortar. De acordo com a arqueóloga da Engie, Luciana Ribeiro, os sítios
localizados nas áreas dos empreendimentos implantados pela Companhia na
região tiveram datações bem distintas.“Temos áreas com aproximadamente
1.000 anos antes do presente; outras entre 2.000 a 2.900 anos antes do
presente e outras com 3.000 a 3.920 anos antes do presente. Com relação
às pinturas, não se conseguiram dados nos sítios arqueológicos escavados
para chegar às datações, mas há indícios, pela análise dos suportes,
que foram repintadas por grupos do passado”,disse a arqueóloga,
ressaltando que indícios mostram ainda a ocupação e passagem de grupos
caçadores, que seiam coletores ou ceramistas nos locais e na região.
Etapas do trabalho
As atividades de arqueologia no local iniciaram ainda durante o
planejamento do Conjunto Eólico Campo Largo 2, quando foi realizada uma
análise completa do potencial arqueológico da região atingida pelo
projeto.
O trabalho seguiu na fase de execução da obra, em que as equipes
acompanharam as atividades de supressão e movimentação de terra a fim de
garantir o resgate de sítios identificados nestas áreas. A ação segue
até a etapa final do projeto.
De acordo com Luciana, o estudo
possibilitou o levantamento das populações pré-históricas e históricas e
seus hábitos de vida. “Todos os sítios arqueológicos encontrados na
região foram analisados a luz de estudos feitos no passado, cruzando os
dados com pesquisas atuais”, destaca.
O trabalho de remoção e
registro dos materiais seguiu protocolos do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico (Iphan) da Bahia e foi registrado no Cadastro
Nacional de Sítios Arqueológicos (CNSA) do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Correio da 24 Horas
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