A velocista de Belarus Krystsina Tsimanouskaya afirmou que foi levada ao aeroporto internacional de Tóquio contra sua vontade neste domingo (1º) e coagida a voltar para casa, após criticar publicamente os treinadores do país nas Olimpíadas 2020.
Tsimanouskaya, que deveria competir nos 200 metros femininos na segunda-feira (2), disse à Reuters que não planejava retornar ao seu país e que havia buscado proteção da polícia japonesa no aeroporto internacional de Haneda, em Tóquio, para não ter que embarcar no voo.
"Não vou voltar para a Belarus", disse à Reuters, em mensagem pelo Telegram.
A atleta havia afirmado que a equipe técnica foi até o seu quarto neste domingo e disse para ela fazer as malas. Após isso, ela foi levada até o aeroporto para que não pudesse correr nos 200 metros, na segunda-feira (2), e no revezamento 4x400, na quinta-feira (5).
Segundo Tsimanouskaya, a equipe afirmou que estava a afastando por "ter falado no Instagram sobre a negligência dos treinadores".
A atleta havia feito uma crítica sobre o caso de que alguns de seus companheiros não conseguiram viajar para Tóquio e participar dos Jogos Olímpicos porque não havia testes antidoping suficientes.
"Algumas das nossas meninas não puderem vir até aqui competir o revezamento 4x400 m porque não tinham testes antidoping suficientes", disse Tsimanouskaya à Reuters, do aeroporto.
"O treinador me adicionou ao revezamento sem meu conhecimento. Falei sobre isso publicamente. Agora, o treinador principal veio até mim e disse que havia uma ordem de cima para me remover."
A corredora afirmou que ficou do lado da polícia japonesa o tempo todo no aeroporto e que procurou uma pessoa de Belarus no Japão, que havia deixado o país, para buscá-la no local.
O Comitê Olímpico de Belarus não respondeu a um pedido de comentário da Reuters sobre o caso. A polícia de Haneda também não se manifestou.
CNN
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