Um falso médico foi preso nesta quarta-feira (18) em São Mateus, no Norte do Espírito Santo. O homem foi alvo de um mandado de prisão e preso pela Polícia Federal. Segundo as investigações ele atuava no estado há cerca de três anos.
O nome do preso não foi divulgado pela polícia, mas o Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM-ES) confirmou que trata-se de Leonardo Luz Moreira.
Ele e outros falsos médicos foram descobertos atuando em um hospital municipal de Jitaúna, na Bahia, após investigação da PF.
Segundo a PF, o suspeito matriculou-se em uma faculdade de medicina na Bolívia, onde estudou por um semestre. Depois, ele solicitou transferência para uma faculdade brasileira e adulterou os registros para que computassem quatro anos de estudo ao invés de seis meses. Dessa forma, ele concluiu o curso de forma fraudulenta.
No Espírito Santo, ele foi contratado por diversas prefeituras do Norte do estado e também pelo governo estadual. Segundo a investigação da PF, nos últimos três anos, o falso médico recebeu aproximadamente R$ 850 mil.
De acordo com o superintendente da PF, Eugênio Coutinho Ricas, esse valor deverá ser devolvido aos cofres públicos.
De acordo com a PF, a faculdade brasileira e as unidades de saúde que contrataram o falso médico são tratadas como vítimas dele. Entretanto, uma possível participação de funcionários das instituições de ensino no esquema será investigada.Além de praticar as falsificações, o preso é investigado por ajudar outros estudantes a fazer o mesmo processo. Pelos serviços de falsificação, ele cobrava entre R$ 20 mil e 40 mil reais.
O CRM afirmou, por nota, que vai se "inteirar dos fatos e colaborar" com o que for preciso. O registro de Leonardo está ativo e regular.
Hospital Roberto Silvares
Hospital Roberto Silvares, em São Mateus, no Espírito Santo — Foto: Frideberto Viega/ TV Gazeta
Em nota, o Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares, onde o preso atuou, disse que o suspeito não é servidor estadual e sim funcionário de uma empresa contratada para a prestação de serviços médicos.
A direção da unidade destacou, ainda, que no "ato da contratação a empresa apresentou todas as documentações necessárias e obrigatórias para cada vínculo disponibilizado ao hospital, incluindo o registro ativo do funcionário no Conselho Regional de Medicina".
G1
0 Comentários