Brasília e São Paulo reforçam segurança para atos neste 7 de Setembro


Os governos de São Paulo e do Distrito Federal reforçaram a segurança nesta terça-feira para as manifestações previstas para este 7 de Setembro.

Pela manhã, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve participar de evento reservado no Palácio da Alvorada, com alguns ministros e comandantes das Forças Armadas, para o hasteamento da bandeira nacional.

O presidente anunciou que logo depois discursará na Esplanada dos Ministérios. À tarde, se desloca para participar de atos na capital paulista.

Em São Paulo, o efetivo de segurança será de aproximadamente 3.600 policiais e contará com o apoio de mais de 1.400 viaturas, 60 cavalos, 4 drones e 2 helicópteros da Polícia Militar (PM), segundo a Secretaria de Segurança Pública de SP.

Também participam da operação de segurança equipes dos Comandos de Policiamento da Capital (CPC), de Trânsito (CPTran), de Choque (CPChq) e do Corpo de Bombeiros (CCB).

Revistas e monitoramentos

Os atos serão ainda monitorados por meio de câmeras fixas, móveis, câmeras instaladas em motocicletas e as chamadas bodycams, instaladas nas fardas dos policiais. As imagens serão acompanhadas em tempo real direto do Centro de Operações da PM.

A Secretaria de Segurança paulista também prevê a realização de revistas em mochilas e bolsas dos participantes das manifestações, além de vistorias prévias e cadastro de carros de som.

Manifestação antecipada

Em Brasília manifestantes entraram na Esplanada dos Ministérios já na noite desta terça-feira (6).

Houve momentos de tensão. Um policial chegou a sacar uma arma em meio aos manifestantes que haviam furado bloqueios para chegar até a Esplanada.

A Secretaria de Segurança do DF informou ter permitido a passagem de alguns caminhoneiros e manifestantes no local ontem à noite.

Ao longo do dia de hoje, a PM do Distrito Federal deve realizar revistas pessoais e bloqueios em algumas vias da Capital Federal.

De acordo com o governo do DF, fica proibido acessar as áreas em que serão realizadas as manifestações portando objetos pontiagudos, garrafas de vidro e demais materiais que possam colocar em risco a segurança da população.

Também será restrita a utilização de drones sem autorização no espaço aéreo da Esplanada dos Ministérios. Os eventos serão monitorados ao vivo pelo Centro Integrado de Operações de Brasília.

Ministros

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem convidado desde o início do mês integrantes de sua equipe ministerial para participarem das manifestações deste 7 de Setembro, segundo relatos de auxiliares palacianos à CNN.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, por exemplo, vai acompanhar o presidente nas manifestações. A informação é do Palácio do Planalto.

Segundo auxiliares, Heleno, que é general da reserva, estará o todo tempo com Bolsonaro.

O vice-presidente Hamilton Mourão não deve participar da manifestação em Brasília, mas deve estar nos atos oficiais em comemoração ao Dia da Independência.

Segurança para ministros do SFT

Em um cenário em que ameaças se tornaram práticas corriqueiras na rotina dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a Corte decidiu reforçar a segurança pessoal de todos os seus integrantes.

O prédio do Supremo e seus anexos receberam grades e estão cercados por carros de polícia. Além da segurança pessoal e de protocolos que visem proteger suas residências, os ministros foram aconselhados a evitar locais públicos desacompanhados.

No último fim de semana, o presidente Bolsonaro voltou a subir o tom contra o STF e seus integrantes. Pediu que a corte atue dentro das quatro linhas da Constituição e reconheceu uma tendência a ruptura institucional. Ele disse ainda que “Supremo é o povo”.

Bolsonaro tem sido porta-voz das principais críticas ao STF, especialmente as direcionadas aos ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

Barroso também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e defende o atual sistema de votação eletrônica. Moraes é relator de inquéritos que investigam Bolsonaro e alguns de seus aliados.

CNN

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