Foto: Marcelo Cortes / Flamengo
Um Flamengo arrasador e cada vez mais dominante, personificado na figura colossal de Bruno Henrique, volta à final da Libertadores dois anos depois. Não tão exuberante, mas igualmente letal. Com dois gols do camisa 27, que totalizou quatro contra o Barcelona-EQU, o time de Renato Gaúcho carimbou a vaga na decisão contra o Palmeiras, a terceira da história do clube, daqui a dois meses. Chega invicto.
Se não fez uma partida perfeita, o Flamengo soube aproveitar-se da vantagem, ampliá-la em estocadas certeiras e terminou o duelo no Equador controlando as ações e descartando perigos. Mas nem sempre foi assim. A começar pela lesão de David Luiz que tirou o zagueiro de campo nos minuto inicial.
O primeiro tempo provou a tendência desta equipe fazer o resultado e jogar de acordo com as circunstâncias. Com a vantagem do jogo de ida, até teve um ímpeto de pressionar a saída de bola, mas fez uma meia pressão para sair na boa.
A marcação apertava na linha de Arão e Andreas, e foi em um desses desarmes que Éverton Ribeiro conduziu livre e ajustou o passe para o movimento de Bruno Henrique contra a última linha de defesa, que estava adiantada.
O atacante driblou o goleiro e deixou o caminho para a final ainda mais desenhado.
No entanto, o Barcelona aumentou ainda mais sua intensidade e praticamente morou no campo de defesa do Flamengo. Com jogadas principalmente pelo lado esquerdo de ataque, obrigou Diego Alves a algumas defesas difíceis.
Nas tentativas de ficar com a bola e controlar o jogo, o Flamengo não conseguia imprimir intensidade e trocar passes com tranquilidade. Se a forte marcação adversária fazia efeito, a rubro-negra só do meio para trás.
O time ficou espaçado, com atacantes pouco participativos no combate e a defesa com duas linhas vulneráveis. De volta após lesão, Arrascaeta não conseguiu reter a bola nem pensar o jogo. Aparentou estar ainda sem o ritmo ideal. O mesmo acontecia com Gabigol, que recentemente foi poupado com dores musculares.
No segundo tempo, porém, o time se ajustou. E novamente se estruturou para o golpe fatal. Em jogada toda trabalhada desde a defesa, o Flamengo atraiu o adversário e criou o espaço para atacar. Gabigol lançou Ribeiro contra a última linha, e o meia foi novamente inteligente para deixar Bruno Henrique na cara do gol.
Depois de fazer 2 a 0, a equipe teve mais cadência e contou com grande exibição de Filipe Luís. Nos vinte minutos finais, Renato reforçou a marcação e colocou Michael no lugar de Bruno Henrique, desgatado e pendurado com cartão amarelo. Em seguida, Pedro entrou na vaga de Arrascaeta e Bruno Viana na de Andreas. Houve chance de golear, mas o time se preservou para a decisão.
Extra O Globo
0 Comentários