Familiares e amigos da professora de inglês, Ienata Pedreira Rios, de 35 anos, cobram respostas sobre a morte dela, a facadas, que aconteceu em julho de 2016, na cidade de Riachão do Jacuípe, a cerca de 180 km de Salvador. O crime segue sem autoria e motivação definidas pela polícia.
Ex-alunos de Ienata Rios fizeram uma página nas redes sociais com o objetivo de chamar atenção para o assunto e cobrar respostas da polícia.
“Nós cobramos justiça para Ienata. Ela era uma pessoa fofa, uma pessoa que super educada, que todo mundo gostava. Ela tinha um coração muito bom”, disse a ex-aluna da vítima e moderadora da página, Tainara Oliveira.
Familiares e amigos fizeram página para cobrar respostas sobre o crime — Foto: Reprodução / Redes Sociais
Segundo informações do titular do Departamento de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), de Riachão do Jacuípe, delegado Danilo Andrade, várias linhas de investigação foram feitas, mas nenhuma apontou o autor do crime.
“Todas as linhas de investigação que foram propostas pela família e conhecidos foram seguidas, mas infelizmente a gente não teve êxito em provar que os suspeitos eram realmente os autores”, contou o delegado.
De acordo com Danilo Andrade, o inquérito foi enviado ao Ministério Público e devolvido para a delegacia, com solicitação de novas diligências. Essas investigações foram feitas, mas o autor do crime não foi descoberto.
“Foram feitas não só essas [investigações], mas diversas outras, porque quando eu assumi essa delegacia, o inquérito já tinha retornado, então eu entendi por bem fazer mais diligências. Inclusive foram presididos diversos tipos [de diligências], até em outros estados, mas não chegamos ao autor”, explicou.
“Agora, como a gente entende que estão esgotadas as possibilidades de investigação, a gente devolve e o MP pode propor novas diligências também”.
Familiares e amigos de professora de inglês morta a facadas há cinco anos na Bahia cobram respostas sobre crime — Foto: Reprodução / Redes Sociais
O noivo da vítima à época do crime, que tinha um relacionamento com ela há três anos, chegou a ser preso três dias após a morte da professora, mas foi solto por falta de provas da participação dele. Ele nega ter cometido o crime.
“Ele apresentou algumas provas, através da defesa dele, que não exclui 100%, mas afasta bastante a possibilidade de ter sido ele”.
Na época, a polícia descartou que a motivação do crime tenha sido latrocínio ou estupro e afirmou que a principal suspeita é de que Ienata Rios foi morta por uma pessoa que a conhecia.
O delegado revelou que outras duas pessoas foram consideradas suspeitas durante as investigações, mas a polícia não encontrou indícios de participação delas no crime.
Caso
Familiares e amigos de professora de inglês morta a facadas há cinco anos na Bahia cobram respostas sobre crime — Foto: Reprodução / Redes Sociais
A professora Ienata Pedreira Rios foi encontrada morta dentro de casa no dia 3 de julho de 2016, na cidade de Riachão do Jacuípe. Segundo a polícia, a vítima tinha ferimentos de faca pelo corpo.
À época, o delegado Sérgio Araújo Vasconcelos, que era responsável pelas investigações, afirmou que a Polícia Militar chegou ao local depois que uma vizinha estranhou que a porta da casa da professora estava aberta e acionou os policiais. Chegando lá, os PMs encontraram a Ienata Rios caída no corredor, já sem vida.
A brutalidade do crime assustou os moradores da cidade e os alunos da professora. Um dia após a morte de Ienata Rios, a Prefeitura de Riachão do Jacuípe anunciou o cancelamento das aulas das escolas públicas da cidade em sinal de luto.
Sob grande comoção, Ienata foi enterrada dois dias depois após o crime, na cidade de Pé de Serra, interior baiano.
O enterro reuniu dezenas de parentes, amigos e moradores, que acompanharam as homenagens na despedida da professora, que além de Riachão do Jacuípe, dava aulas também no município de Pé de Serra.
Enterro da professora Ienata Rios em 2016, na cidade de Pé de Serra, na Bahia — Foto: Raimundo Mascarenhas/Calila Notícias
G1
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