Parte das mulheres que eram negociadas por meio de sorteios de bilhetes em uma mansão no bairro do Itaigara, em Salvador, que servia de casa de prostituição, eram convenciadas a fazer parte do esquema por outras garotas de programas que usavam as redes sociais, sobretudo o Instagram, para convê-las a realizar os encontros sexuais.
Para cada nova garota que aceitava a proposta, as intermediadoras recebiam uma comissão de R$50. As informações são da delegada Simone Moutinho, titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescente (Dercca).
Os investigadores chegaram à mansão nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (2), após denúncia de exploração sexual infantil. No local, não foi encontrado nenhum menor de idade, mas essa possibilidade não foi descartada pela polícia. A responsável pelo esquema foi presa em flagrante.
“Havia seis garotas de programa, além de funcionários, todos jovens, porém maiores de idade [...] Elas se hospedavam lá, pagavam pela hospedagem, o que também demonstra a exploração. As garotas ficavam com menos de 50% do valor dos programas, a outra parte era para o pagamento das refeições e estadia”, explica a delegada.
No momento em que a polícia chegou à mansão, havia no local duas garotas de Manaus (AM), duas de Recife (PE) e duas de Salvador. Outras cinco meninas da capital manauara chegariam nesta quinta-feira (2) na cidade. Cada uma delas fazia em média quatro programas por dia.
No endereço, a polícia encontrou cerca de R$ 50 mil , além de maquinetas de cartão de crédito, folhas de cheques e anotações sobre os programas realizados na mansão
B.News
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