Um novo processo de investigação foi anexado na ação em que Maria Selma Pereira Lima
responde ao Ministério Público da Bahia (MP-BA). O caso foi instaurado
pela delegada-geral da PC, Heloísa Campos de Brito, para apurar uma
suposta permissão de Maria Selma para que uma pessoa “estranha aos
quadros” da instituição participasse de uma operação em uma casa de
jogos em azar, em Salvador.
De acordo com a portaria, a estratégia aconteceu em abril de 2018,
quando a delegada era titular da Delegacia Territorial da Pituba, e o
suspeito portava uma arma tipo submetralhadora, que tem uso restrito. O
novo processo já foi publicado no Diário Oficial, o anexo da
investigação foi encaminhado ao Ministério Público da Bahia (MP-BA). Ao
G1, o órgão alega não ter recebido ainda o documento.
Desde o início das investigações, a defesa de Maria Selma alega que
delegada reitera a inocência dela no caso e que tudo será esclarecido, à
medida em que as investigações avancem e a absolvam.
O suspeito
O homem suspeito em questão no novo processo foi identificado pelas
iniciais C.M.V.S, ele pode ser Cláudio Marco Veloso Silva, também
investigado na Operação Dublê, deflagrada em julho deste ano.
Eles foram denunciados pela prática dos crimes de falsificação de
documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso,
denunciação caluniosa e fraude processual. No caso de Cláudio, em
específico, a Operação apontou que ele estava associado ao crime de usurpação de função pública, ou seja, participava de operações policiais, sem ser um policial.
A Operação Dublê afastou Maria Selma por um ano das funções por decisão
da Justiça em julho, pela suspeita do envolvimento dela com uma quadrilha responsável por roubar e clonar carros no estado.
Caso se comprove a investigação sobre a operação da casa de jogos, a
delegada poderá ser demitida do cargo, sob o artigo 197, da lei estadual
6.677/1994.
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