Após as críticas do deputado federal Marcelo Nilo (PSB-BA) à Delegada-Geral Heloisa Campos Brito, o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia (ADPEB) saiu em defesa da servidora através de nota oficial. Segundo o site Política Livre, o parlamentar disse que “é mais fácil falar com o Papa Francisco” do que com a servidora e teria levado o descontentamento com a delegada ao secretário de Relações Institucionais do governo, Luiz Caetano.
“O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado da Bahia (ADPEB) vem a público externar seu mais irrestrito apoio e solidariedade à Delegada-Geral Heloisa Campos Brito, ante o comportamento desarrazoado e deselegante do deputado”, diz trecho da nota.
“Em suas declarações o parlamentar refere-se de forma grosseira a uma profissional que gere uma honrosa e importante instituição do sistema de justiça penal. Embora destemperada, a declaração do apontado congressista precisa ser replicada para que saibamos como age aquele que do alto de sua vaidade e falta de compostura não permite sequer ser contrariado ou não ter um pedido aceito por uma instituição, que não foi criada e nem exerce suas funções para atender aos caprichos políticos de quem quer que seja, desprezando o dever urbanidade exigido a todos os civilizados”, diz o sindicato.
Coordenador da bancada baiana na Câmara dos Deputados, Nilo teria afirmado também que esse é um descontentamento de outros parlamentares baianos. “O deputado Marcelo Nilo declarou que não somente ele, mas outros deputados não são atendidos em audiência pela Delegada-Geral e que por isso “é mais fácil falar com o Papa Francisco” e completando seu inadequado comportamento reforçou seu tom desrespeitoso dizendo: “quem tem uma delegada como Heloísa não precisa de inimigo”. “Percebe-se de sua última fala a prepotência e a arrogância de quem entende que a Polícia Judiciária deve prestar-lhe favores. Não se referir ao quanto lhe foi negado é no mínimo irresponsável ou o fez de forma deliberada na tentativa de esconder pedidos que não se sustentam legalmente”.
“A ADPEB tem convicção que o comportamento inadequado do deputado não representa a categoria política e, menos ainda, o Parlamento Brasileiro, mas não aceitará qualquer demonstração de interferência política na Polícia Civil da Bahia, mormente nas atividades dos delegados de polícia, muito bem delineada nos preceitos constitucionais e em nossa Lei Orgânica. Sendo assim, reafirmamos o irrestrito apoio e solidariedade a Dra. Heloisa Campos Brito, nossa honrada Delegada-Geral”, finaliza
B.News
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