É o que afirmou em entrevista coletiva na sexta-feira (15) o promotor André Cardoso, coordenador da força-tarefa do Ministério Público que investiga as mortes na ação.
"Já há autoria identificada. Não vou antecipar [a identidade] porque [o caso] está em sigilo. Agora, estamos analisando se faremos alguma diligência complementar, ou partir para a denúncia", disse.
Frias foi um dos agentes da Polícia Civil que entraram no Jacarezinho no dia 6 de maio deste ano. Além do agente, a ação deixou outros 27 mortos, que a polícia afirmou serem todos criminosos.
Aos 48 anos, Frias foi atingido na cabeça por um disparo de fuzil enquanto retirava barricadas colocadas por traficantes de drogas para dificultar a entrada da polícia na favela.
Na época, a polícia informou que o tiro que matou Frias partiu do alto de um terraço, atrás de um muro de concreto com furos de onde os bandidos atiravam.
Casado desde 2018 com uma policial civil, o policial tinha um enteado de 10 anos. Há três anos, a mãe do policial sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e era ele quem a sustentava.
Policiais denunciados
Na quinta-feira (14) à noite, o MP denunciou dois policiais civis por suposta execução de um suspeito e fraude processual na cena do crime.
MP Estadual denuncia à justiça dois policiais civis envolvidos na operação no Jacarezinho que terminou com 28 mortos
O documento, obtido pelo g1, que os agentes contaram com a ajuda de "terceiros" para forjar provas.
Para o MP, os policiais Douglas de Lucena Peixoto Siqueira e Anderson Silveira receberam o apoio de outras pessoas para "plantar" uma granada no local onde o suspeito Omar Pereira da Silva foi morto.
G1
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