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O
coordenador do Carnaval de Salvador em 2022, Washington Paganelli,
criticou o posicionamento do Governo da Bahia de se ausentar das
responsabilidades relacionadas a realização da festa no próximo ano.
Em
entrevista ao programa Isso É Bahia, da rádio A Tarde FM, o empresário
relatou que o governador Rui Costa (PT) não tem se mostrado aberto a
debater o assunto com a Prefeitura de Salvador nem a ouvir empresários
do ramo de eventos e entretenimento para chegar a uma decisão sobre a
festa.
"Nós
sentamos com representantes da Prefeitura e eles disseram que estão
esperando o governador definir. Só que ele pegou, saiu do estado, passou
14 dias fora, ele não senta, não recebe os empresários, ele não está
recebendo o prefeito para poder definir. Ele apenas tá batendo o
martelo".
Paganelli
teme que a demora do Governo em trabalhar no assunto possa gerar uma
evasão dos artistas, algo justificável pelo avanço das outras cidades
sobre a realização do Carnaval.
"A
Banda Olodum recebeu vários convites para sair de Salvador, só que João
Jorge está segurando. Só que ele tem 160 pessoas que trabalham para ele
que tem que receber salário. [...] Muitos blocos e muitos artistas não
vão estar em Salvador, a Prefeitura está tendo dificuldade porque eles
fizeram várias reservas, e muitos deles já cancelaram. Quem tinha 3
datas, 5 datas para Salvador estão diminuindo e vendendo para fora.
Porque um bloco você não bota na rua de um dia para o outro".
O
coordenador da festa garante ter um protocolo eficaz para a realização
do Carnaval, com sistema de segurança, câmeras que medem a temperatura
das pessoas e barreiras para entrar no circuito, e apela para o
desemprego no estado que será intensificado com a falta do Carnaval em
2022.
"A
Bahia está mal de emprego e renda, porque a demora aqui, a paradeira
está demais. Tem que mudar o nome, é Papo Paradeira, Papo Desemprego,
Papo Miséria, Papo Fome. Somos 200 empresários, mas são milhares de
cordeiros, costureiras, vendedores ambulantes, taxistas, motoboys, é
muita gente. O Governo da Bahia não deu nenhum apoio ao setor de eventos
e hoje estamos sendo maltratados."
Fonte: Bahia Notícias
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