O deputado federal Jorge Solla (PT-BA) ingressa nesta quarta-feira (10) com uma representação no Ministério Público da Bahia (MP-BA) com pedido de investigação sobre a conduta da direção do Colégio SEB Sartre, em Salvador, que é acusada de omissão após alunos trocarem mensagens racistas em grupo de Whatsapp.
Prints das mensagens vazaram em contas no Intagram desde a sexta-feira (5), e evidenciam diálogos de cunho racista e de ódio à comunidade negra.
“Pretos morram”; “Pode macaco no gp?”; “Baniram piada de negros porém não sabem que os negros já são a piada” são alguns dos trechos.
“A coordenadora passou na sala na segunda, mas não falou do assunto abertamente. Nem o professor conseguiu entender do que se tratava.
Ela disse que a situação não precisava se transformar em opressão”, contou um estudante, sob condição de anonimato, ao jornal Correio. Segundo ele, o termo opressão utilizado pela coordenadora foi uma forma de evitar constrangimentos aos autores das mensagens.
“É preciso que seja investigada a acusação de omissão da direção do Colégio SEB Sartre diante do racismo tão absurdamente manifesto de parte de seus alunos”, afirmou o parlamentar. Ele destacou que o silêncio da unidade de ensino após consultas da imprensa sobre o caso lhe motivou à procurar o MP.
“A condução da direção do colégio diante dos fatos, caso comprovada verdadeira, é mais criminosa que as próprias ofensas raciais. A contemporização com o racismo por parte de adultos que tem como função educar é inconcebível; uma postura profundamente racista que oprime duramente os alunos negros deste colégio, um dos mais caros de Salvador, uma cidade profundamente marcada pelo racismo de sua elite com a ampla maioria de seu povo, negro”, completou
Informe Baiano
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