Manifestações na Europa contra lockdowns são marcadas por violência

Policiais holandeses reprimiram o protesto anti-lockdown na cidade de Haia.

Os protestos em países europeus contra as novas restrições da Covid-19 tornaram-se violentos neste fim de semana, à medida que os casos da doença continuam a crescer no continente.

Os tumultos eclodiram na cidade de Haia neste sábado (20) por causa das novas medidas contra o coronavírus adotadas pelo governo holandês. Imagens feitas no local mostram a tropa de choque lançando canhões de água e atacando grupos de manifestantes.

A Holanda reintroduziu um lockdown parcial de três semanas a partir do último sábado, e agora planeja proibir a entrada de pessoas não vacinadas em alguns locais.

Cinco policiais ficaram feridos durante os confrontos em Haia, um deles levado ao hospital sofrendo concussão e dois sofrendo danos auditivos devido ao disparo de fogos de artifício, disse a polícia em um comunicado.

“O grupo de manifestantes iniciou incêndios, cometeu destruição, agrediu motoristas e jogou pedras e fogos de artifício ​​contra policiais”, disse a polícia, confirmando que 19 pessoas foram presas.

As autoridades acrescentaram que um manifestante atirou uma pedra contra a janela de uma ambulância que transportava um paciente para um hospital.

Na capital Amsterdã, milhares participaram de uma passeata pacífica no sábado. A emissora pública holandesa NOS também relatou tumultos na cidade de Urk e em cidades no sul da província de Limburg.

Os protestos ocorreram após violentos confrontos na noite de sexta-feira (19) na cidade portuária de Rotterdam, durante os quais a polícia foi forçada a disparar para dispersar a multidão, e 51 pessoas foram presas.

Em outros lugares, cerca de 40 mil pessoas no sábado lotaram as ruas de Viena no maior protesto da Áustria relacionado ao coronavírus até hoje. A polícia tentou conter o protesto e quando o “clima estava prestes a piorar”, eles pararam de multar aqueles que não usavam máscaras, disse Franz Eigner, vice-presidente da polícia de Viena, durante uma coletiva de imprensa no domingo (21).

Alguns policiais tinham “um líquido não identificado” pulverizado contra eles e os manifestantes tentavam cegar um helicóptero com um laser, disse Eigner.

Um pequeno número de manifestantes era “extremamente propenso à violência”, disse o ministro do Interior austríaco, Karl Nehammer, durante a entrevista coletiva, que ele associou à “cena extremista de direita”.

A Áustria irá reintroduzir um lockdown parcial nacional a partir desta segunda-feira (22) e tornar as vacinações contra o coronavírus obrigatórias a partir de fevereiro do próximo ano.

Mais de 1.400 policiais foram mobilizados em todo o país para manter a ordem pública, de acordo com um comunicado da polícia. O spray de pimenta foi usado em um protesto “acalorado” no centro de Viena, acrescentou o comunicado da polícia.

A França enviou dezenas de policiais de elite e oficiais de contraterrorismo para sua ilha caribenha de Guadalupe no sábado (21), após o registro de saques e incêndios criminosos durante a noite, desafiando o toque de recolher noturno imposto pelo governo.

O prefeito da ilha apresentou na sexta-feira a ordem de permanência em casa depois que os protestos contra a exigência de comprovante de vacinação se transformaram em violência na noite anterior. O Ministério do Interior disse que 31 pessoas foram presas.

Cerca de 15 mil pessoas protestaram no sábado em Zagreb contra as medidas do governo da Croácia contra o coronavírus. A partir desta segunda-feira, apenas pessoas com passaportes da Covid-19 podem entrar em prédios públicos e governamentais na Croácia.

CNN

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