O cantor e compositor Paulinho Camafeu morreu aos 73 anos nesta segunda-feira (29) em Salvador. Autor de inúmeros hinos do Axé Music, como “Ilê Aiyê” (Que bloco é esse?), “Afoxé Badauê”, e “Menina do Cateretê”, a história de Camafeu se confunde com a da música da Bahia.
Ele morreu por conta de problemas cardíacos. Camafeu chegou a ficar internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Pau Miúdo, porque também precisava fazer tratamento de hemodiálise.
No dia 23, já internado no Hospital do Subúrbio, ele sofreu um infarto e seu estado de saúde piorou. Já no dia 25 de novembro, ele sofreu mais uma parada cardíaca e, desde então, o quadro era considerado grave.
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Trajetória
Se o Axé existe enquanto ritmo musical não seria exagero dizer que é porque existiu Paulinho Camafeu. Ao lado de Luiz Caldas, ele é autor de Fricote, canção que é considerada a pedra fundamental do Axé Music.
Ao longo de sua carreira, Camafeu compôs outras canções consideradas hinos do carnaval baiano, como “Ilê Aiyê” (Que bloco é esse?), “Afoxé Badauê”, e “Menina do Cateretê”.
Camafeu foi de letras debochadas e de duplo sentido ao empoderamento do povo afrodescendente e de culturas ao redor do mundo. Na voz de Fafá de Belém em “Nova Deli”, Camafeu foi o elo entre o povo de Mahatma Gandhi e o ritmo do afoxé baiano Filhos de Gandhi.
Além de Luiz Caldas, Camafeu teve como grandes parceiros de composições, Bell Marques e Carlinhos, mas também fez parcerias com Pepeu Gomes, Jota Morbeck, Chocolate da Bahia, Tonho Matéria e outros, além de ser gravado por nomes como Gilberto Gil, o Rappa, Chiclete com Banana, Fafá de Belém, Daúde, Sandra de Sá, Margareth Menezes, Durval Lelys, e Timbalada.
G1
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