Quatro mulheres afegãs, inicialmente identificadas como ativistas de direitos humanos, foram encontradas mortas em uma casa na cidade de Mazar-i-Sharif, no norte do Afeganistão, informou um porta-voz do Talibã, grupo fundamentalista islâmico que retornou ao poder do país em agosto passado.
De acordo com Qari Sayed Khosti, do Ministério do Interior, pelo menos dois suspeitos foram presos. Informações preliminares apontam que as mulheres teriam sido “convidadas a entrar na casa dos suspeitos”.
Entre as vítimas estava a professora de economia Frozan Safi, 29 anos, considerada a primeira defensora dos direitos das mulheres a ser morta desde que o Talibã voltou ao poder. Segundo o jornal “The Guardian”, o rosto de Safi, que estava desaparecida há cerca de duas semanas, foi totalmente desfigurado pelos tiros.
Ao serviço persa da rede britânica BBC, moradores informaram que as mulheres eram amigas e foram sequestradas perto do aeroporto da cidade, que é capital da província de Balkh. Em 27 de outubro, os corpos teriam sido encontrados em um fosso na periferia da cidade.
Desde meados de agosto, as mulheres afegãs realizam protestos frequentes em todo o país contra os talibãs, em exigência da restauração e proteção dos seus direitos.
O município de Cabul ordenou que todos os cargos exercidos por mulheres no governo da cidade fossem atribuídos a homens e o regresso à escola é exclusivo para os rapazes. As mulheres são ainda obrigadas a usar burca nas ruas e não podem circular sem um acompanhante, geralmente um familiar do sexo masculino.
As ativistas que participam dos protestos dizem que têm sido perseguidas pelos rebeldes, que se infiltram nos grupos e intimidam as mulheres. (ANSA)
Informe Baiano
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