Aliados próximos de João Roma até adubam o bizu: ele com Bolsonaro, Jaques Wagner com Lula e ACM Neto sem ninguém, pode até desistir. Sonhos de verão. A falação sobre isso é só tititi.
Simples. Para Neto, a disputa do governo, é questão de vida ou morte. Melhor dizendo: em 2018 ele desistiu no último minuto do último dia possível e por tabela, baixou o poder de fogo do grupo e detonou alguns aliados tradicionais, entre eles os deputados federais José Carlos Aleluia, Benito Gama e Antonio Imbassahy.
Ao se cogitar o assunto, o da possível desistência, um aliado de Neto foi taxativo: ‘Ele não é louco. Não consigo imaginar isso. Seria o fim, nosso agora e dele sempre’.
Rumo único — Avalia-se que Neto tem como grande trunfo o fato de hoje ser líder nas pesquisas, o que quer dizer um candidato competitivo. E o lançamento da pré-candidatura hoje faz parte justamente da estratégia de focar a briga na questão estadual. E por aí, largar na frente com uma grande festa, é jogo.
É suficiente para peitar o esquema do PT? Segundo os aliados dele, sim. Todos apostam no discurso da vitória, o cenário do momento induz a isso. E embora saibam que a briga é da pesada, dizem que o melhor é sair disso numa posição honrosa, com uma bancada forte, em Brasília e cá.
Noutras palavras, se em 2018 Neto não teve pressa alguma, agora tem toda. Até para se cacifar e enfrentar 2022, sem desidratar.
A chuva bate forte no sertão, mas em Monte Santo é pouca
A chuvarada que tanto estrago vem causando pela Bahia afora, como em Itaberaba e Cícero Dantas, tem particularidades observadas no cenário político.
1 — A deputada Fátima Nunes, que é de Cícero Dantas, diz que entre perdas e ganhos não há dúvidas de que os ganhos são bem maiores.
— Não há dúvida. O povo do sertão vive da agricultura familiar. Sem chuva, a situação complica muito.
2 — A chuva não jorra com isonomia no Estado. Em algumas áreas, como Monte Santo, segundo o deputado Laerte de Vando (PSC), choveu pouco.
— Molhou a terra, mas açudes e barragens ainda estão bem abaixo do nível.
Já no sul do Estado, região de Vitória da Conquista, a chuva veio com fartura. Segundo o jornalista Anderson Oliveira, do Blog do Anderson, o Exército tinha 30 carros pipa, baixou para 10 e agora nenhum. ‘Está tudo bem’.
Alden entre os melhores
Os jornalistas que cobrem a Assembleia, agregados no Comitê de Imprensa da casa, elegeram ontem os melhores do ano. Os mais votados, pela ordem: Adolfo Menezes (PSD), presidente da casa, Sandro Régis (DEM), líder da oposição, Alex da Piatã (PSD), Alan Sanches (DEM) e o Capitão Alden (PSL).
O Comitê agrega mais de 50 jornalistas, mas apenas 19 foram votar. Alden sempre teve os seus votinhos. O eleitorado dele foi fiel.
Amigo de Bruno Reis, Júnior Muniz é Wagner
Eleito em 2018 na rabeira dos outros 62 colegas, com apenas 21.058 votos (Luizinho Sobral, do Podemos, teve 46.162, mais do dobro, e perdeu), o deputado Júnior Muniz chegou lá pelo hoje extinto PHS, passou o mandato quase todo pelo PP e agora diz que pode mudar, a depender da vontade de Jaques Wagner.
— Vou para o PP, o Partido do Presidente (Lula). Quem vai determinar o meu destino é o senador Jaques Wagner. Se ele quiser que eu vá para o PT, com certeza eu vou.
Curioso é que Júnior Muniz é amigo e já trabalhou com Bruno Reis, prefeito de Salvador. Ele admite a amizade, mas ressalva:
— Bruno Reis, com certeza sim. É meu amigo mesmo. Mas ACM Neto, não.
A Tarde
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