Com a disparada dos custos de geração de energia elétrica, a conta de luz pode registrar um aumento médio de 19% no país em 2022, conforme estimativa da TR Soluções, empresa de tecnologia especializada no setor elétrico.
Neste ano de 2021, a alta da energia elétrica residencial atingiu de janeiro a outubro justamente 19,13%, segundo dados do IPCA, o índice oficial de inflação ao consumidor, calculado pelo IBGE.
Grande parte da alta esperada no ano que vem reflete o déficit entre os custos com a geração de energia e os valores arrecadados nas contas por meio das bandeiras tarifárias, o que acaba sendo repassado para a conta de luz.
Pelas projeções da TR, o saldo negativo da Conta Bandeiras, a ser considerado nos eventos tarifários das distribuidoras de 2022, deve chegar a 17,8 bilhões de reais.
Também vão impactar a conta de luz os aumentos das tarifas das distribuidoras nos processos de revisão previstos para o primeiro semestre, que levam em conta índices inflacionários.
A perspectiva de uma elevação de dois dígitos das tarifas no próximo ano está no radar do governo e da Aneel (a agência reguladora do setor), que preparam medidas para atenuar o reajuste.
Entre as ações está um novo empréstimo às distribuidoras de energia, que virá para reduzir o déficit da Conta Bandeiras e bancará outras ações emergenciais tomadas no gerenciamento da crise hídrica.
Nesta semana que passou, o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, disse que o aumento médio das tarifas de energia em 2022 será “muito inferior” à projeção de 21% que consta em documento oficial da Aneel.
De acordo com Pepitone, o número não considera ações de gestão tarifária que já estão na agenda da Aneel, como a antecipação de um aporte de 5 bilhões de reais em recursos da capitalização da Eletrobras (ELET3, ELET6) e a redução do serviço da dívida da usina hidrelétrica de Itaipu.
Informe Baiano
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