Áudios de um evento online coordenado por um coronel da Polícia Militar, que seria um dos responsáveis pela formação de policiais, apontam que o oficial exigiu dos alunos policiais plano de saúde para completar o curso. O oficial argumenta que tal procedimento é necessário devido ao alto risco da atividade policial.
A Associação dos Policiais Militares e Bombeiros Militares e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) denunciou o caso ao Ministério Público Estadual. A representação da categoria afirma que o coronel estaria cometendo tentativa de assédio e, inclusive, utiliza “como exemplo o fato de ter dois planos. Conforme a Aspra, nas gravações, avisa também que encaminhará os nomes dos que não se associarem a um plano de saúde ao MPBA, sugerindo a expulsão deles.
“Ocorre que a remuneração de um coronel não se compara ao de um aluno soldado que é basicamente um salário mínimo. Essa é a formação que o Estado oferece ao soldado policial baiano”, afirmou o coordenador jurídico da Aspra, Jeoas Santos. O coordenador ainda explica que durante a aula inaugural o oficial é informado que os alunos estão há cinco meses sem remuneração. “Mas ainda assim não desiste do abuso de autoridade. Nenhum trabalhador no Brasil é obrigado a ter plano para trabalhar. Isso é assédio moral”, reclamou Jeoás.
O Informe Baiano entrou em contato com a Polícia Militar ontem (15/12), mas até o momento não houve posicionamento da corporação.
Informe Baiano
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