O delegado de Guanambi, no sudoeste da Bahia, Rhudson Silva Barcelos, responsável por investigar o caso da morte de mãe e filha na cidade, foi afastado do caso há poucos dias.
O afastamento ocorreu após o delegado conceder uma entrevista coletiva à imprensa local e afirmar que as roupas das vítimas teriam chamado a atenção do suspeito, instigando-o a desejar praticar o estupro das mulher e da menina.
“Pelo que ficou subentendido e a gente apurou até o momento, não houve premeditação. Ele não tinha a intenção de praticar o estupro específico com as vítimas. Foi uma questão de coincidência, quando ele saiu do trabalho, (…) se deparou com as duas, com aquelas roupas de malhação, de caminhada, obviamente chamando atenção. Ele disse que daí começou a ter desejo sexual e as seguiu. Passou por elas, estacionou e ficou esperando”.
As falas de Rhudson acabaram repercutindo e mulheres fizeram um protesto em frente à delegacia da cidade na noite de terça-feira (14).
Rhudson esteve à frente das investigações desde o início do caso e coordenou a ação que resultou na prisão do suspeito, Marco Aurélio da Silva, de 36 anos. Ele participou das oitivas ao suspeito e a testemunhas.
A Polícia Civil informou que a mudança ocorreu por uma decisão administrativa, “que ocorre sempre que julgado pertinente”. Além disso, foi dito que qualquer inquérito pode passar de um plantonista, no caso Rhudson, para o titular. O inquérito do caso passou a ser coordenado pelo titular da Delegacia Territorial de Guanambi, Giancarlo Giovane Soares.
Foto: Reprodução/Agência Sertão
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