Hotéis do Rio já registram 100% de ocupação para o Réveillon

Multidão assiste queima de fogos na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro

A quase duas semanas do Réveillon, a rede hoteleira da capital carioca já registra 100% da ocupação. Segundo dados da Associação de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), a virada do ano de 2021 para 2022 já se mostra melhor do que dos últimos dois anos, inclusive, 2019, antes da pandemia, que fechou em 88%.

Em 2020, com medidas mais restritivas na cidade, os hotéis tiveram 70% dos quartos reservados. Para o presidente do Conselho da ABIH- RJ, Alfredo Lopes, os números são bons e o momento é de esperança para o setor.

“Com o dólar alto, o Rio é uma excelente opção. Com certeza teremos uma boa movimentação econômica na cidade.” Destacou, Lopes.

Sem o megaevento na orla de Copacabana, os estabelecimentos estão investindo em festas particulares. O hotel Othon em Copacabana já está praticamente sem quartos disponíveis para os dias mais concorridos. Diferentemente de 2020, o cenário desta vez trouxe de volta os clientes, mas o perfil do viajante mudou, segundo o direito de hotelaria Jorge Chaves.

“Estamos contando com muito mais clientes nacionais que estrangeiros a Covid-19 está em momentos diferentes em outros países e isso faz com que muitos viajantes não possam estar com a gente este ano. Mesmo assim alguns mercados como o americano e alguns países da Europa têm mostrado interesse e temos uma grande procura desses clientes para esta que é a data mais procurada por esse perfil de cliente”.

No Hotel Nacional no bairro de São Conrado não existem mais vagas. Todas as reservas para o Réveillon estão fechadas. Quem decide se hospedar em um hotel com vista para o mar, muitas vezes quer uma festa mais intimista. Na virada estão sendo programa das diferentes atrações para agradar a clientela.

Para dar conta da movimentação o hotel segue o caminho contrário ao da pandemia, com contratações de funcionários, garante a gerente geral Renata Beraldo. “Aumentamos bastante nosso quadro justamente para atender esse aumento de demanda. Eu saí de 170 colaboradores e estou chegando com 220.

Com a demanda voltando tem mais geração de emprego e a gente consegue dar nossa contribuição enquanto negócio. Tem uma questão social importante que é você gerar emprego e contribuir com as famílias, tem a questão do próprio segmento que vai tomando um corpo. O segmento de turismo é super representativo dentro do PIB, isso vai dando mais corpo e energia para que a gente saia mais fortalecido dessa crise”.

A escolha dos turistas pela capital carioca parece não ter sido afetada com o anúncio do cancelamento da tradicional festa de Copacabana, zona sul do Rio. Durante coletiva de imprensa, no último dia 8, o prefeito Eduardo Paes, informou este ano, que será realizada uma versão “simplificada” do megavento, para evitar aglomerações devido ao avanço da variante Ômicron do coronavírus.

Sem shows, a virada do ano será marcada pela queima de fogos e vinte e cinco torres de som, entretanto, sem música ao vivo. A atração acontece em utros nove pontos da cidade terão celebrações: praia do Flamengo, Piscinão de Ramos, Ilha do Governador, Igreja da Penha, Parque Madureira, Bangu, praia de Sepetiba, praia do Recreio e na Barra da Tijuca.

O britânico Daniel George Clegg é um dos estrangeiros que optou em desembarcar na cidade do Rio para passar o Réveillon. Pela primeira vez no Brasil, ele conta que se sente mais seguro nesse momento para voltar a viajar e o fato de não ter a festa de Copacabana não atrapalhou seus planos.

“Eu escolhi ir para o Rio porque o amor da minha vida mora lá. É a primeira vez que viajo desde a COVID-19. Eu espero ver o Rio vibrante, feliz com festas. Com sorte vai estar um clima bom, o Rio tem boa comida, cultura e muitas coisas para ver e fazer”, diz

De acordo com dados divulgados pela RIOgaleão, o aeroporto internacional prevê a chegada de até 120 mil passageiros domésticos e 33 mil estrangeiros para a segunda quinzena de dezembro. A maior parte dos turistas internacionais terá como origem Argentina, Chile e Europa.

CNN

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