Sem definição sobre Carnaval, Salvador busca contratação de empresa para montagem de estruturas da festa

Sem definição sobre Carnaval, Salvador busca contratação de empresa para montagem de estruturas da festa

Mesmo com o cancelamento do Réveillon e com a realização do Carnaval em xeque, a Prefeitura de Salvador se antecipou e está à procura de uma empresa para montar e desmontar unidades modulares de saúde que serão instaladas em festas populares e na folia momesca. 

A informação consta na edição desta segunda-feira (6/12) do Diário Oficial do Município, que publicou a convocação de empresas interessadas a participar do pregão eletrônico. 

As propostas serão abertas no dia 21 deste mês. Neste mesmo dia, haverá a disputa dos empreendimentos que brigarão para fechar o contrato. Detalhes sobre duração do vínculo não foram divulgados na publicação. 

A procura do Palácio Thomé de Souza ocorre em meio às incertezas sobre a realização da festa. Na última quinta-feira (2/12), o prefeito Bruno Reis (DEM) revelou que a conversa que teria com o governador Rui Costa (PT) foi adiada em razão do cenário epidemiológico da Covid-19 no planeta, que vem estando em sinal de alerta por conta da variante ômicron, que ainda não foi registrada na Bahia.

Na última segunda (29/11), o gestor já havia anunciado o cancelamento do Festival Virada, festa de Réveillon organizada pela Prefeitura. 

Enquanto isto, artistas e entidades carnavalescas vêm pressionando para que haja o Carnaval no próximo ano. Membros do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar) e da Associação dos Profissionais de Evento (Ape) realizaram uma manifestação no último domingo (21/11) no Farol da Barra. Nas redes sociais, cantores como Léo Santana e Igor Kannário também defendem a realização do evento.

Apesar dos defensores, há artistas que preferem ponderar a situação. O cantor Gilberto Gil não vai organizar o Expresso 2222 no próximo ano. O camarote é um dos mais tradicionais do Circuito Barra/Ondina. A Banda Eva também anunciou na última sexta-feira (3/12) que não desfilará no Carnaval soteropolitano. 

“A pandemia ainda não acabou. A aglomeração é um multiplicador do vírus e o Carnaval é uma aglomeração extraordinária. Tenho receio de produzir uma festa tão grande com duração de uma semana, como o Camarote Expresso 2222, e cooperar com a permanência, e até uma expansão, da pandemia. Tenho muito respeito pela minha vida e a vida alheia”, disse, em entrevista ao Correio.

Com a resistência de Rui, Bruno chegou a mudar o discurso e admitir que a festa pode ser adiada e organizada para outro mês que não fevereiro.

Aratu On

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