Ex-vereador Jerominho é preso no Rio Foto: Reprodução
A Polícia Civil do Rio prendeu o ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, na tarde desta quinta-feira (27). Conhecido como um dos fundadores da principal milícia que atua na Zona Oeste, ele foi preso em decorrência de uma condenação por extorsão majorada pelo emprego de arma. De acordo com agentes que participaram da ação, ele estava em casa e não ofereceu resistência à abordagem policial. Jerominho já esteve detido anteriormente, por nove anos, mas, apesar de solto, seguia respondendo a processos.
Em 2020, a Polícia Federal realizou uma operação contra a família Jerominho. Na ocasião, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em residências, comitês de campanhas e empresas ligadas à prática de lavagem de dinheiro conexos a crimes eleitorais na Zona Oeste do Rio.
Jerominho e seu irmão, Natalino Guimarães, são apontados como os fundadores da organização criminosa que originou a maior organização paramilitar no Rio. De acordo com o Ministério Público (MP), eles usavam o símbolo do super-herói Batman para marcar casas e estabelecimentos comerciais que pagavam pelos "serviços" dos milicianos. Quem se recusava a pagar sofria violência ou era assassinado. Relatórios também indicaram atuação da quadrilha em Campo Grande, Guaratiba, Paciência, Cosmos e Santa Cruz.
Na época em que foram presos, a milícia liderada por eles movimentava cerca de R$ 2 milhões por mês frutos da exploração do transporte alternativo, uma das principais formas de rentabilidade da milícia. O grupo surgiu entre 1995 e 1996, conhecidos como "Os Caras do Posto" por seus integrantes se concentrarem em um posto de gasolina Texaco na Rua Guarujá, próximo à estação de trens da Supervia no bairro de Cosmos, na Zona Oeste.
Na época, o grupo era liderado por Ricardo Teixeira Cruz e Aldemar Almeida dos Santos, conhecidos respectivamente como Batman e Robin
Extra o Globo
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