Polícia prende mulher acusada de dar golpes no mercado imobiliário

Tarinni Torres Cavalcanti, presa por golpes no mercado imobiliário
Tarinni Torres Cavalcanti, presa por golpes no mercado imobiliário

 


Policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) prenderam em flagrante nesta quinta-feira, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, Tarinni Torres Cavalcanti, de 35 anos, pelos crimes de falsidade ideológica e identidade falsa.

Mais conhecida como Tata Torres, ela estava sendo procurada por aplicar golpes principalmente no mercado imobiliário. De acordo com a Polícia Civil, a mulher tem longa ficha criminal, respondendo por mais de 30 casos de estelionato e outras fraudes.

Tarinni foi abordada por policiais em um "self storage" e foi presa no momento em que se identificou como Amanda por meio de uma identidade exibida no seu celular. Ela tinha ainda uma uma identidade em nome de Paula, identificação falsa que também aparecia em um contrato de locação e ainda a cópia da carteirinha de vacinação contra Covid-19, contou Pablo Sartori, titular da DRCI.

Segundo a Polícia Civil, Tarinni mantinha uma clínica de estética e um apartamento na Barra da Tijuca sem pagar nada de aluguel, "dando um grande prejuízo aos seus proprietários". Ela ostentava uma vida sem custos porque tudo que possuía ou utilizava estava em nome de terceiros.

— Ela vivia a vida toda pulando de identidade em identidade de terceiros para não pagar nada. Não pagava conta porque usava cartão de crédito de terceiros, não pagava aluguel porque, quando era despejada, a conta estava em nome de terceiros e por aí vai. Vivia sem pagar nada. Foi pega com um carro alugado em nome de terceiro. Por isso, não tinha despesa. Vivia às custas de vítimas aleatórias — explicou Sartori.

As investigações mostram que Tarinni conseguia a documentação de pessoas próximas, que tinham estudado com ela ou até clientes da clínica que ela teve.

— Ela tentava obter todos os dados e xerox de documentos para, em algum momento, criar nova identidade e virar aquela pessoa por um período. Em regra, conseguia documentos se aproximando das pessoas. pessoas com as quais ela fez cursos, pessoas q foram clientes da clinica dela — acrescenta o delegado.

Tarinni estava em um imóvel alugado no nome de terceiros. Foi despejada do local e levou todos os móveis para um depósito, na Barra da Tijuca, onde também fez um contrato em outro nome. A polícia ficou monitorando a criminosa e, quando ela foi buscar os móveis, foi abordada pelos agentes. No momento, se identificou como Amanda, mesmo nome que utilizou para assinar o contrato com o depósito.

Os móveis seriam levados para um imóvel em outro endereço, cujo contrato seria assinado com o nome de Paula.

A investigação da DRCI começou há três meses e foi um desdobramento de outra investigação, feita pela 32ª DP (Taquara).

— Esse mandado de prisão foi em relação a uma investigação da 32ª DP em que ela tinha alugado um imóvel e montado uma clínica. Nossa investigação foi um desdobramento porque tivemos acesso a esse depósito que ela alugou para colocar bens usando contrato com documentos de terceiros. Percebemos que a autora desse crime era a mesma do mandado de prisão. Conseguimos identificá-la e prendê-la.

Extra o Globo


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