A Prefeitura de São Paulo estuda transferir o desfile de blocos de Carnaval, que arrastam multidões às ruas, para o Autódromo de Interlagos. Já o desfile das escolas de samba deve seguir no Sambódromo.
A informação foi dada à coluna Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, pelo prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB-SP).
Ele
afirma que o martelo ainda não está batido, mas que essa é uma das
soluções estudadas para garantir a segurança sanitária na cidade e, ao
mesmo tempo, a realização da festa, que gera milhares de empregos.
"Vamos fazer uma reunião na quinta-feira [dia 6] para estudar os cenários", afirmou ele.
A
apresentação dos blocos no autódromo permitiria, por exemplo, que
apenas pessoas vacinadas circulassem na folia, já que poderia ser
exigida comprovação da imunização na entrada.
Se a ideia vingar,
no entanto, o Carnaval será fatalmente menor, já que dificilmente o
autódromo conseguiria receber os 696 blocos autorizados a circular em
vários pontos da cidade nos dias da folia. E mais as 15 milhões de
pessoas que os seguem pelas ruas.
"Poderíamos fazer um sorteio de blocos que poderiam se apresentar em Interlagos, por exemplo", diz o prefeito.
Ele
cita alguns números que justificariam a manutenção da festa, ainda que
com um formato mais restrito: o Carnaval da cidade gera uma movimentação
financeira de R$ 2,7 bilhões.
Apenas a Ambev, que vai investir R$ 23 milhões em patrocínio, cadastra 20 mil pessoas para vender suas cervejas.
Ele
afirma também que, apesar da variante ômicron, que está se disseminando
com velocidade, a situação dos hospitais públicos da capital é de
relativa tranquilidade. "Temos hoje 35 pessoas em UTIs. É claro que o
ideal seria que nenhum paciente precisasse desses cuidados. Mas já
chegamos a ter mais de 1.400 pessoas em unidades de terapia intensiva",
afirma ele.
O desfile das escolas de samba está confirmado para o
Sambódromo, um ambiente mais controlado e onde será exigida também a
apresentação da carteira de vacinação na entrada.
A cidade do Rio de Janeiro anunciou nesta terça (4) o cancelamento de seu Carnaval de rua, devido ao aumento explosivo de casos de Covid.
BNEws
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