O Canadá decidiu fechar seu espaço aéreo para voos russos, juntando-se à França, Itália, Alemanha, Dinamarca, Islândia e Lituânia. O ministro dos transportes canadense anunciou a medida neste domingo (27). As proibições acontecem após a Rússia atacar a Ucrânia.
Em publicação no Twitter, o ministro delegado dos transportes francês, Jean-Baptiste Djebbari, anunciou que “à invasão russa à Ucrânia, a Europa responde com total unidade”.
A decisão da Itália também foi anunciada neste domingo, pelo gabinete do primeiro-ministro.
Já a Alemanha decidiu fechar seu espaço aéreo para aviões e companhias aéreas russas por três meses a partir das 15h, no horário local, deste domingo (27), informou Ministério dos Transportes do país. Os voos de ajuda humanitária estão excluídos da proibição, disse um porta-voz do ministério.
O ministério alemão havia dito neste sábado (26) que estava se preparando para fechar o espaço aéreo para voos russos, seguindo medidas semelhantes de outros países europeus em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Também neste domingo, a Islândia decidiu fechar seu espaço aéreo ao tráfego russo, segundo o ministro das Relações Exteriores da Islândia, Thordis Kolbrun Gylfadottir, neste domingo (27).
A Dinamarca também anunciou o fechamento de seu espaço aéreo para aeronaves russas, disse o ministro das Relações Exteriores dinamarquês, Jeppe Kofod, em um tuíte neste domingo (27) – ele acrescentou que pressionaria por uma proibição de voos em toda a União Europeia.
Na Lituânia, a primeira-ministra, Ingrida Simonyte, também anunciou por meio do Twitter que o país proibirá as companhias aéreas russas de seu espaço aéreo a partir da meia-noite, no horário local, deste domingo. ”
“Sem voos para agressores no céu da liberdade”, escreveu Simonyte.
Espaços aéreos já fechados
Ucrânia, Moldávia e parte da Belarus fecharam totalmente seus espaços aéreos, resultando no cancelamento de voos nos países, além de proibir o tráfego aéreo regular de passar pelo espaço fechado.
A Agência de Segurança da Aviação da União Europeia (EASA) dobrou seu alerta de segurança existente nesta sexta-feira (25), expandindo o alerta para companhias aéreas e outros operadores civis de 100 milhas náuticas para 200 milhas náuticas da fronteira ucraniana com a Rússia devido a temores de “mísseis de médio alcance penetrando em espaço aéreo controlado.”
A EASA disse, na última quinta-feira (24), que “os operadores devem ter extrema cautela”.
Entenda o conflito
Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.
Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.
De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países. Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.Mapa da Ucrânia com destaque para as regiões de Donetsk e Luhansk / Foto: Reprodução/CNN Brasil
Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos. A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país. Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.
A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.
(Com informações de Sarah Marsh e Madeline Chambers, da Reuters, e de Eliza Mackintosh, da CNN)
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