Presidente ucraniano pede resistência à invasão e critica “inércia” de aliados

Volodymyr Zelensky, em pronunciamente desta sexta-feira (25)

Em novo vídeo divulgado nas redes sociais nesta sexta-feira (25), o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky pediu resistência à invasão russa e criticou os aliados da Ucrânia pela segunda vez em apenas algumas horas.

“Nesta manhã, estamos defendendo nosso país sozinhos. Assim como ontem, o país mais poderoso do mundo olha de longe”, disse Zelensky, parecendo se referir aos Estados Unidos.

“A Rússia foi atingida ontem por sanções, mas não são suficientes para tirar as tropas estrangeiras de nosso solo. Só com solidariedade e determinação isso pode ser alcançado”, declarou.

Zelensky acrescentou que o povo ucraniano continua a resistir, “demonstrando verdadeiro heroísmo. O inimigo foi detido na maioria das direções. Há lutas acontecendo… Não nos cansaremos”.

“Às 4 da manhã, as forças russas resumiram seus ataques com mísseis no território da Ucrânia. Dizem que estão mirando apenas instalações militares, mas é mentira. Na verdade, não distinguem quais áreas atacam”, disse o presidente. “Tais ataques à nossa capital não ocorrem desde 1941”.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, disse nas redes sociais que três pessoas ficaram feridas, uma das quais está em estado crítico “como resultado de destroços de um míssil atingindo um prédio residencial”.

Zelensky disse que “mais cedo ou mais tarde, a Rússia terá que falar conosco sobre o fim desta operação militar, sobre o fim desta invasão, e quanto mais cedo essa conversa começar, menores serão as perdas da Rússia”.

O líder ucraniano também saudou os protestos na Rússia contra a invasão. “Para todos os cidadãos da Federação Russa que estão saindo para protestar, quero dizer que notamos vocês. Significa que vocês nos ouviram”, disse ele.

Na quinta-feira, manifestantes anti-guerra realizaram pequenas manifestações em todo o território russo. Muitos foram presos e a polícia ameaçou dispersar multidões através da força física.

A Rússia proíbe manifestações sem autorização, mas os russos podem organizar protestos individuais. Pelo menos 1.600 pessoas foram detidas em 44 cidades russas.

CNN

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