O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou neste domingo (27) que colocará em alerta a "força de dissuasão" do Exército russo, que pode incluir um componente nuclear, no quarto dia da invasão da Ucrânia por Moscou.
"Ordeno ao ministro da Defesa e ao chefe do Estado-Maior que coloquem as forças de dissuasão do Exército russo em alerta especial de combate", disse Putin em uma reunião com os líderes militares russos. O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, respondeu: "Afirmativo".
Tensão elevada
As tensões internacionais já aumentaram com a invasão da Ucrânia pela Rússia e a ordem de Putin pode causar ainda mais alarme.
Moscou possui o segundo maior arsenal de armas nucleares do mundo e um enorme arsenal de mísseis balísticos que formam a espinha dorsal das chamadas "forças de dissuasão" do país.
"Eles veem que os países ocidentais não são apenas hostis ao nosso país no campo econômico, quero dizer as sanções ilegítimas", acrescentou Putin, em um discurso televisionado.
"Oficiais seniores dos principais países da Otan também permitem declarações agressivas contra nosso país", disse ele.
O presidente russo ordenou a invasão da Ucrânia na manhã de quinta-feira (24). No quarto dia de conflitos, o presidente ucraniano Volodmir Zelenski concordou em dialogar com Moscou, porém na fronteira da Ucrânia com Belarus.
Desde a primeira movimentação russa no país, as tropas de Moscou entraram na Ucrânia pelo norte, leste e sul, mas enfrentaram forte resistência ucraniana.
Autoridades ucranianas dizem que algumas tropas russas estão desmoralizadas e exaustas, dizendo que dezenas se renderam.
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