O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (3) que “todos os alvos que estabelecemos [na Ucrânia] estão sendo atingidos”. De acordo com ele, a “operação militar especial” segue conforme o esperado e irá acabar “com essa anti-Rússia criada pelo Ocidente”.
“A operação militar especial está saindo estritamente de acordo com o planejado, exatamente de acordo com o cronograma. Todos os alvos que estabelecemos estão sendo atingidos. E um relatório detalhado será enviado”, disse Putin.
Em seu pronunciamento televisionado, o líder russo fez uma série de alegações sem provas contra as forças ucranianas, incluindo que elas estariam mantendo cidadãos estrangeiros como reféns e os usando escudos humanos.
Rebatendo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, Putin negou que os militares russos estejam impedindo a saída de civis. De acordo com ele, as tropas russas estão oferecendo saídas para civis ucranianos escaparem dos conflitos através de corredores humanitários.
O presidente russo classificou seus soldados como “heróis”, e anunciou ainda uma compensação em rublos a famílias de soldados mortos na guerra na Ucrânia.
*Em atualização
Entenda o conflito
Após meses de escalada militar e intemperança na fronteira com a Ucrânia, a Rússia atacou o país do Leste Europeu. No amanhecer desta quinta-feira (24), as forças russas começaram a bombardear diversas regiões do país – acompanhe a repercussão ao vivo na CNN.
Horas mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, autorizou uma “operação militar especial” na região de Donbas (ao Leste da Ucrânia, onde estão as regiões separatistas de Luhansk e Donetsk, as quais ele reconheceu independência).
O que se viu nas horas a seguir, porém, foi um ataque a quase todo o território ucraniano, com explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev.De acordo com autoridades ucranianas, dezenas de mortes foram confirmadas nos exércitos dos dois países.
Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.Esse ataque ao ex-vizinho soviético ameaça desestabilizar a Europa e envolver os Estados Unidos.
A Rússia vem reforçando seu controle militar em torno da Ucrânia desde o ano passado, acumulando dezenas de milhares de tropas, equipamentos e artilharia nas portas do país.Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não tiveram êxito.
A escalada no conflito de anos entre a Rússia e a Ucrânia desencadeou a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria, levantando o espectro de um confronto perigoso entre as potências ocidentais e Moscou.
*Com informações da Reuters e da CNN Internacional
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