O embaixador do Brasil no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), Ronaldo Costa Filho, condenou o ataque da Rússia a maior usina nuclear da Europa, na Ucrânia.
Em reunião de emergência do Conselho, após a Rússia cercar e bombardear a usina, Costa Filho disse que o risco de um vazamento traz “consequências sérias para a população”.
“Estamos confrontados com a possibilidade de um acidente nuclear. Precisamos exigir um cessar-fogo e a diminuição de hostilidade”, defendeu.
Em seu discurso, o embaixador citou a legislação internacional que proíbe ataques a esse tipo de estrutura. “Isso deve ser respeitado o tempo todo. Peço que todas as partes se abstenham de quaisquer ações que possam prejudicar”, frisou. “Tenho preocupação com os últimos acontecimentos. Esse não é o momento para intensificar e inflamar a retórica”, concluiu.
Rússia nega riscos
Vasily Nebenzia, embaixador russo na ONU, chamou de “campanha de desinformações contra a Rússia” a acusação de bombardeio à usina. “A usina foi tomada em 28 de fevereiro pelas forças russas. Fizemos isso para evitar que nacionalistas ucranianos e outros terroristas se beneficiem e façam ameaças nucleares. A equipe que está operando tem experiência e sabe cuidar da usina”, defendeu.
Segundo Nebenzia, a usina continua operando e não existe risco de vazamento de material radioativo”, garantiu na ONU.
Os líderes iniciaram o encontro por volta das 13h40 desta sexta-feira (4/3), pelo horário de Brasília. Os embaixadores estão preocupados com os riscos que esse tipo de ataque pode trazer, como radiação.
Enquanto a reunião ocorre, novos bombardeios são registrados. Sirenes dispararam em Odessa e em Kiev, capital e coração do poder do governo. A reunião para um cessar-fogo foi adiada.
A Tarde
0 Comentários