Um
farsante que se apresentava como delegado federal foi preso em
flagrante por manter mulheres em cárcere privado e as obrigar a fazer
fotos nuas. Três vítimas, que foram mantidas no apartamento, haviam sido
atraídas por uma proposta de trabalho como atrizes em um filme. Everton
Lamartine Matte está sendo indiciado pelos crimes de estelionato,
cárcere privado e por ter praticado conjunção carnal e atos libidinosos
com uma adolescente de 14 anos.
Everton
usava o endereço de sua casa, onde exibia armas de brinquedo e até uma
placa com seu nome e suposto cargo, como set de filmagens e sede da
produtora cinematográfica. A prisão ocorreu na manhã desta quarta-feira
(23) por policiais da 35ª DP (Campo Grande), em Icaraí, na Zona Sul de
Niterói, Região Metropolitana do Rio.
Os
crimes foram descobertos após uma das vítimas fugir e denunciar o caso à
polícia na 35ª DP. Everton se passava por delegado para intimidar as
vítimas mantidas em cárcere privado. Quando a terceira mulher que caiu
no golpe, em fevereiro, disse às outras vítimas que tinha um plano de
fuga, as duas temeram e pediram para que o caso não fosse levado para a
polícia na região, pois Everton teria contatos e poderia intervir, além
de que ele afirmava ser filho de um general do Exército Brasileiro.
De
acordo com o delegado Túlio Pelosi, titular da 35ª DP afirmou que: "Ele
usava essa figura de delegado para intimidar, para forçá-las a não
tentar fuga porque ele sendo policial, conhecia todos os policiais de
Icaraí. As armas (encontradas no apartamento) não são verdadeiras"
Everton Lamartine Matte se passava por delegado da Polícia Federal para intimidar vítimas Foto: Reprodução |
De
acordo com informações do site Farol de Notícias, uma das vítimas
relatou que Everton propôs que ela fizesse fotos nua, mas ela não
aceitou, o que, segundo a vítima conta, o deixou visivelmente
contrariado. Ele então as obrigou a assinar contrato de exclusividade de
agenciamento em que a obrigava a fazer vários serviços e, caso ela não
concordasse, seria um caso de quebra de contrato, em que ela teria que
pagar R$ 30 mil.
Além
de impedir a saída das mulheres do apartamento, Everton ainda
controlava os trabalhos que faziam, a alimentação e todos os horários.
O
farsante já tinha passagem pela polícia por estupro e pedofilia, em que
não houve condenação. Nesta quarta, além de resgatar as duas vítimas,
os policiais apreenderam no local computadores e equipamentos
eletrônicos, além das armas falsas. Um outro homem também foi preso no
endereço, suspeito de fazer parte do esquema. Um terceiro fugiu e é
procurado.
Fonte: BNews
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