Ministro ucraniano acusa Rússia de não respeitar corredor humanitário

 Guerra Ucrania 

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou neste sábado (5/3) que o acordo firmado com a Rússia para permitir os chamados “corredores humanitários” foi violado. Havia um pacto para possibilitar a passagem de civis nos espaços entre as cidades de Mariupol e VolnovakhaNo entanto, as alegações para a falha do combinado são de descumprimento do cessar-fogo temporário nas regiões. De acordo com Kuleba, a violação se deu pela parte russa.

Já o Ministério da Defesa russo acusou “nacionalistas” ucranianos de impedirem a saída de civis pelos corredores.

Nessa quinta-feira (3/3), os países tinham concordado em criar rotas de fuga, chamadas de “corredores verdes”, ou “corredores humanitários”.

O encontro ocorreu em Belarus, país acusado de facilitar a invasão russa e de executar ataques. Na prática, a tentativa fracassou.As estimativas mais recentes mostram que 1,5 milhão de pessoas já deixaram a Ucrânia. As nações concordaram em fazer uma rodada de negociações, ainda sem data para acontecer.

Dez dias de guerra

A guerra na Ucrânia, motivada pela invasão russa, já completa 10 dias. Neste sábado, para quando estava programada a retirada de civis de zonas de confronto em Mariupol e Volnovakha, o governo ucraniano foi obrigado a dar um passo atrás e adiar o procedimento.

A Rússia havia se comprometido em acordo de cessar-fogo parcial, por um período de cinco horas, para que pessoas fossem retiradas dessas duas cidades. Segundo a administração local e até mesmo a Cruz Vermelha, tudo foi adiado, pois tropas russas teriam violado diversas regras do acordo.

A expectativa é que fossem criados os chamados corredores humanitários, com paralisação dos ataques e bombardeios isolados. Pelo menos 200 mil pessoas aguardam para serem retiradas de Mariupol, o que corresponde a quase metade da população da cidade, que possui 450 mil habitantes, e cerca de 15 mil devem deixar Volnovakha.

 Metrópoles

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