MP denuncia ex-delegado-geral da Polícia Civil por falsificação e peculato

 Reprodução/PMBA

O ex-delegado geral da Polícia Civil, Bernardino Brito Filho, e o motorista, Diego Emanuel Carneiro dos Santos, foram denunciados pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP) pelos crimes de falsa identidade; falsificação de documento público; peculato desvio e favorecimento pessoal.

O caso foi registrado no dia 07 de abril do ano passado, quando Diego Emanuel foi abordado por policiais militares das Rondas Especiais (Rondesp), no bairro Cassange. Na época, motorista do então delegado-geral da Polícia Civil, Diego conduzia uma viatura descaracterizada e portava um documento funcional de agente administrativo do departamento médico da polícia, além de uma carteira azul com distintivo da Polícia Civil da Bahia.

De acordo  com infomações da polícia, Diego havia se identificado como policial, exibindo uma carteira azul de identificação. Em depoimento Diego afirmou que pagou R$50 pelo documento e disse que foi emitido com orientação do chefe.

Segundo denúncia do MP, “em declarações contraditórias, Bernardino disse que a identidade funcional apreendida foi criada e emitida pelo Gabinete do Delegado-Geral, para ser entregue aos servidores ocupantes de cargo, facilitando a identificação destes. Salientou que o primeiro denunciado estava a serviço da SPREV no momento da abordagem policial, retornando para casa depois de lhe entregar pessoalmente documentos que teria esquecido no interior do veículo”.

No entanto, informações do Boletim de Ocorrência apontaram que Diego estaria transportando músicos de uma banda a pedido do então chefe, Bernardino Filho, que já havia sido exonerado do cargo de delegado-geral e nomeado para a Superintendência de Prevenção à Violência da Secretaria de Segurança Pública (SPREV), o que caracteriza a prática de favorecimento pessoal.

Em conversa exclusiva com o BNews, Diego chorou, negou ter se apresentado como policial durante abordagem em blitz e disse que a vida está destruída. “Eu estava cumprindo uma ordem do chefe. Em momento algum me apresentei como policial na blitz, mas da forma que colocaram destruíram minha vida. Me pintaram como o pior bandido e isso é revoltante. Estou sendo usado, mas irei onde for preciso para provar minha inocência”, disse.A assessoria da Polícia Civil informou não ter tomado conhecimento sobre a denúncia contra o ex-delegado

BNEWS

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