Um jovem identificado como Alef Bernardes acusou um segurança do metrô de Salvador de agressão. A situação teria acontecido por volta das 22h40 de sexta-feira (10/6), na estação Tamburugy.
Segundo o rapaz, que se autodeclara negro e gay, ele foi abordado "sem nenhum motivo" quando estava saindo de um banheiro no local. Nas redes sociais, Alef relatou que percebeu que o funcionário "estava mal intencionado e não estava gostando" do fato de o jovem questionar a abordagem.
"Então comecei a gravar e ele não gostou mais ainda. Na tentativa de filmar a identificação, fui agredido", explica Alef, no Instagram, onde compartilhou um vídeo da situação. "Dá pra ver meu celular caindo do chão. O aparelho foi extremamente danificado e o meu rosto ficou inchado. Ele me ameaçou e disse que vai me achar pra resolver isso!".
Bernardes explicou, ainda, que gravou a abordagem por ser "alvo de toda essa estrutura racista, homofóbica e intolerante", pois é um "jovem negro, artista independente e de candomblé".
"Mesmo assim, ele [segurança] não se intimidou", conclui o rapaz.
RESPOSTA DA CCR
Procurada pelo Aratu On, a assessoria de imprensa da CCR Metrô Bahia, que administra o serviço, afirma que "não tolera nenhum ato de violência ou ação que não esteja alinhada ao valor de cuidado e empatia para com seus clientes", e que por isso tomou as "medidas cabíveis" sobre o ocorrido.
Por meio de nota, a empresa disse que entrou em contato com Alef para reforçar seus "valores de cuidado e acolhimento para com ele".
Por fim, lamentou o ocorrido
e informou que está "trabalhando fortemente no eixo diversidade,
inclusão e cultura de compliance, investindo em um programa contínuo de
capacitação e treinamentos para seus colaboradores, com o principal
objetivo de prestar um serviço de qualidade e atendimento de excelência
focado em mobilidade humana".Aratu On
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