A Polícia Federal confirmou durante coletiva na noite desta quarta-feira (15) que localizou os corpos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, que estavam desaparecidos desde o dia 05. Após Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, confessar o crime, ele levou os policiais hoje até o local onde os restos mortais foram enterrados.
O ponto fica 3 Km mata a dentro na altura da comunidade São Gabriel, onde os pertences de Dom e Bruno foram encontrados às margens do Rio Itaquaí, na região do Vale do Javari, no Amazonas.
Outras entidades que participam da Força-Tarefa das buscas, e agora investigação das mortes, também participam da coletiva. O delegado da polícia civil Guilherme Torres disse que não descarta a participação de outras pessoas no crime.
O superintendente da PF no Amazonas, Alexandre Fontes, não detalhou as motivações do crime, mas confirmou que a região é área de atuação do tráfico internacional de drogas.
Investigação - Ontem (14), a PF prendeu o segundo suspeito de possível envolvimento no desaparecimento do jornalista e do indigenista. O detido é Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos, de 41 anos de idade. Na semana passada, também foi detido o pescador Amarildo da Costa Pereira, conhecido como "Pelado". Ambos são irmãos. Após confessarem, durante a tarde, a autoria do crime, ocorrido no Rio Itaquaí, os suspeitos indicaram o local onde os corpos, que teriam sido esquartejados, foram enterrados. As circunstâncias da morte dos dois desaparecidos ainda não foram detalhadas.
Desaparecimento - Dom Phillips, que é colaborador do jornal britânico The Guardian, e Bruno Pereira, servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), foram vistos pela última vez há cerca 10 dias, na região da reserva indígena do Vale do Javari, a segunda maior do país, com mais de 8,5 milhões de hectares. Eles se deslocavam da comunidade ribeirinha de São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte (AM), quando sumiram sem deixar vestígios.
O indigenista denunciou que estaria sofrendo ameaças na região, informação confirmada pela PF, que abriu procedimento investigativo sobre essa denúncia. Bruno Pereira estava atuando como colaborador da União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), uma entidade mantida pelos próprios indígenas da região.
Metro 1
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