Muçulmanos vão a Meca para primeira peregrinação após chegada da pandemia

Peregrinos muçulmanos circulam a Kaaba e rezam na Grande Mesquita na cidade sagrada de Meca, em foto de 1º de julho  — Foto: Mohammed Salem/Reuters

Milhares de peregrinos começaram a chegar à cidade sagrada de Meca, na Arábia Saudita, nesta sexta-feira, entre cerca de um milhão de muçulmanos que devem participar da temporada 2022 de peregrinação do hajj, após dois anos de interrupção causada pela pandemia de Covid.

Envoltos em mantos brancos, alguns carregando sombrinhas contra o sol escaldante do deserto, centenas realizaram o primeiro ritual do hajj, que envolve andar em círculo ao redor da Caaba, o edifício sagrado no centro da Grande Mesquita de Meca.

"Louvado seja Deus... É impossível descrever meus sentimentos agora", disse Ahmed Sayed Mahmoud, um peregrino egípcio. "Estar na Grande Mesquita e na terra das duas mesquitas sagradas me deixa muito feliz."

A Arábia Saudita, onde ficam os locais mais sagrados do Islã, em Meca e Medina, permitiu que viajantes estrangeiros voltassem este ano para realizar o hajj. Apenas alguns milhares de cidadãos e residentes sauditas participaram da peregrinação anual nos últimos dois anos, quando a Covid-19 causou estragos na economia global e reduziu as viagens.

Um peregrino muçulmano chora ao lado da Estação de Ibrahim, na cidade sagrada de Meca — Foto: Reuters/Mohammed Salem

Um peregrino muçulmano chora ao lado da Estação de Ibrahim, na cidade sagrada de Meca — Foto: Reuters/Mohammed Salem

No entanto, as autoridades disseram que apenas 1 milhão de pessoas podem aderir à temporada 2022, menos da metade dos níveis pré-pandemia, e o acesso é restrito a peregrinos de 18 a 65 anos que foram totalmente vacinados contra o vírus e não sofrem de doenças crônicas.

Agentes de segurança se misturam aos peregrinos dentro da mesquita. Uma rede de câmeras de vigilância supervisiona seus arredores e postos de checagem controlam o acesso à cidade para ajudar a garantir um hajj livre de incidentes, após ser marcado no passado por tumultos e incêndios. 

G1

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