Duas pacientes do Hospital
Psiquiátrico Nossa Senhora de Fátima, localizado na cidade de Juazeiro,
na região do São Francisco, a cerca de 500km de Salvador, podem ter sido
abusadas sexualmente no intervalo de 48 horas, dentro da instituição.
A
denúncia, feita por colaboradores da unidade de saúde, indica que uma
interna teria sido violentada por um funcionário, no dia 14, e,
posteriormente, no dia 16, uma adolescente também teria sido vítima do
mesmo crime, só que desta vez praticado por um interno. As denúncias
foram publicadas na quinta-feira (22), pelo site Preto no Branco.
Um
dos trabalhadores do hospital, que preferiu não se identificar, contou
ao BNews que a possível vítima do funcionário relatou o ocorrido para
diversas pessoas alguns dias após o crime, enquanto que na situação
envolvendo um dos internos, a descoberta ocorreu logo após o estupro,
mas também foi algo que rapidamente se espalhou entre pacientes e
colaboradores.
O
funcionário acusado de estupro também teria revelado o crime para
alguns colegas, relatando que levou a vítima para um dos quartos da ala
feminina, onde a teria violentado. Já no caso do interno, há a
possibilidade de um descuido entre trocas de plantão dos colaboradores
ter facilitado o acesso do paciente que agarrou a adolescente pelo braço
e a puxou até a ala masculina.
Apesar
da informação ter circulado pelos corredores do hospital, a direção da
unidade de saúde disse desconhecer a situação até o final desta tarde,
quando a denúncia foi veiculada. “Soubemos por meio do site, jentre às
16h e 17h, e a partir daí nos reunimos para definir o que seria feito.
Ficamos realmente surpresos, mas tudo que está ao alcance da unidade
pode e será feito”, contou a advogado da instituição, Daniel Brito.
“Nós
vamos abrir uma sindicância. Criaremos uma comissão para apurar as
responsabilidades e, sejam quais foram os funcionários que possam estar
envolvidos, se constatado, serão demitidos por justa causa. Nesse
momento, o que podemos fazer é afastar, para que a investigação
transcorra sem problemas, e dar suporte as investigações criminais”,
explicou o advogado, antes de informar que as vítimas já estão sendo
assistidas, recebendo amparo psicossocial, e os familiares já foram
informados sobre a situação.
Assim
como a direção, a Polícia Civil e o Ministério Público também só foram
informados sobre a denúncia por meio da imprensa, mas já relataram ao
BNews que a mobilização para investigar a situação já está em andamento e
deve ter desdobramentos a partir desta sexta-feira (23).
O
diretor da instituição, Renan Teixeira, que está à frente do hospital
há pouco mais de um ano, respondeu ao nosso contato direcionado a
reportagem para a equipe de advogados.
Fonte: BNews
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