Senador diz ter 29 assinaturas para CPI das pesquisas eleitorais

Marcos do Val

Marcos do Val (Podemos-ES), aliado de Bolsonaro, é autor do pedido de abertura da CPI das pesquisas eleitorais 05.out.2022 (quarta-feira) - 20h44

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirmou nesta 4ª feira (5.out.2022) que já tem 29 assinaturas (duas a mais que o mínimo necessário) pela abertura de uma CPI para investigar “expressivas discrepâncias” entre resultados de pesquisas de intenção de votos e as votações nas urnas.

Cabe agora ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidir quando fará a leitura do pedido no plenário da Casa e, eventualmente, instalar a comissão. Senadores podem retirar assinaturas a qualquer momento. Eis a íntegra do documento (654 KB).

Eis as assinaturas que Marcos do Val divulgou:

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) teria o objetivo de apurar, “mediante exame técnico, os sistemas de realização de pesquisas eleitorais de intenção de voto pelas principais empresas e institutos do País, com a finalidade de aferir as causas das expressivas discrepâncias” entre os números apresentados pelos levantamentos e a votação apurada pelas urnas nas eleições.

O regimento interno do Senado determina a abertura de uma CPI sempre que ela tiver o apoio de ao menos ⅓ dos 81 senadores (ou seja, 27). O pedido também precisa determinar o fato a ser apurado, o número de integrantes, o prazo de duração e o limite das despesas da comissão.

Segundo o pedido de Marcos do Val, a CPI das pesquisas eleitorais teria 11 titulares e 7 suplentes, prazo de 90 dias e limite de despesas de R$ 110 mil.

O senador começou a colher assinaturas na última 2ª feira (3.out), no dia seguinte ao 1º turno das eleições, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve 48,4% dos votos válidos e o presidente Jair Bolsonaro (PL), 43,2%.

Antes do 1º turno, Marcos do Val declarou apoio a Bolsonaro.

O líder do Governo no Senado, Carlos Portinho, afirmou em sessão nesta 4ª que os institutos de pesquisa “vão se surpreender com o resultado das urnas outra vez” no 2º turno da eleição presidencial.

A forma de manipulação da população é, no caso das eleições, através dessas pesquisas, que induziram fora do momento o voto útil num candidato”, disse Portinho.

Fonte:O Poder 360

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