Moraes determina que Marcos Cintra preste depoimento à PF por ‘atacar as instituições democráticas’

Marcos Cintra, candidato à vice na chapa de Soraya Thronicke (União Brasil)

Marcos Cintra, candidato à vice na chapa de Soraya Thronicke (União Brasil) Leo Pinheiro / Valor

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mandou bloquear a conta no Twitter do economista Marcos Cintra, candidato a vice de Soraya Thronicke (União Brasil) nestas eleições, por espalhar desinformação sobre urnas eletrônicas. A rede social já atendeu a determinação.

Moraes determinou ainda que a Polícia Federal realize uma oitiva de Marcos Cintra em 48 horas para o ouvir "acerca do conteúdo descrito nesta decisão, em especial, sobre quais os fundamentos concretos de sua fundamentação".

Na decisão, publicada neste domingo, Moraes reagiu a uma publicação de Cintra em que ele questionava o fato de algumas urnas não terem registrado nenhum voto a favor de Jair Bolsonaro (PL), dizendo que as "dúvidas sobre a integridade do sistema" estavam se "avolumando", e colocando em xeque o sistema eleitoral.

Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), divulgados em reportagem do Globo neste domingo, mostram que em 147 seções do país um dos candidatos ao Palácio do Planalto conseguiu ser unanimidade no segundo turno. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva teve todos os votos válidos em 144 urnas, e Bolsonaro, em três.

"Conforme se verifica, Marcos Cintra utiliza as redes sociais para atacar as instituições democráticas, notadamente o Tribunal Superior Eleitoral, bem como o próprio Estado democrático de Direito, o que pode configurar, em análise preliminar, crimes eleitorais", afirma a decisão.

Moraes afirma ainda que essas circunstâncias permitem, portanto, a adoção de medidas que restrinjam a divulgação de conteúdo falso e, nas suas palavras, "eminentemente antidemocrático em evidente violação à liberdade de expressão, bem como a realização de diligências, de modo que os fatos apurados sejam completamente esclarecidos". 

Fonte:O Globo

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